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Raquel Dodge aponta Geddel como líder de organização criminosa

Pronunciamento da PGR sobre a atuação do peemedebista faz referência às suspeitas de embaraço a investigações e de ocultação de R$ 51 mi

atualizado

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Raquel Dodge
1 de 1 Raquel Dodge - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Em manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF), a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, disse que o ex-ministro Geddel Vieira Lima “fez muito em pouco tempo” e o apontou como “líder de organização criminosa”. A informação é do jornal Folha de São Paulo.

Segundo a reportagem, o pronunciamento de Dodge sobre a atuação do peemedebista faz referência às suspeitas que lhe são imputadas de embaraço a investigações e de ocultação de R$ 51 milhões. Dodge negou um recente pedido de liberdade da defesa do ex-ministro.

“Em um primeiro momento, Geddel violou a ordem pública e pôs em risco a aplicação da lei ao embaraçar investigação de crimes praticados por organização criminosa. Num segundo momento, passados nem dois meses do primeiro, reiterou a prática ao ocultar mais de R$ 50 milhões de origem criminosa. Fez muito em pouco tempo”, declarou Dodge.

O ex-ministro foi preso pela segunda vez no dia 8 de setembro, na operação Tesouro Perdido, quando cumpria prisão domiciliar.

Foram identificadas ao menos três digitais de Geddel em um bunker com malas e caixas de dinheiro (R$ 51 milhões) encontradas pela Polícia Federal.

Investigações
A procuradora-geral afirma, diz o texto, que o valor “monumental” descoberto no apartamento é apenas “uma fração de um todo ainda maior e de paradeiro ainda desconhecido”.

“Mesmo em crimes de colarinho branco, são cabíveis medidas cautelares penais com a finalidade de acautelar o meio social, notadamente porque a posição assumida por Geddel parece ter sido a de líder da organização criminosa”, declarou.

“A elevada influência desta organização criminosa evidencia-se, aos olhos da nação, em seu poder financeiro: ocultou cinquenta e dois milhões de reais em um apartamento de terceiro, sem qualquer aparato de segurança, em malas que facilitaram seu transporte dissimulado.”

De acordo com a Folha, durante manifestação, Dodge fez referência às investigações da Cui Bono, que tem como tema desvios e fraudes na Caixa Econômica, banco do qual  Geddel foi vice-presidente durante os anos de 2011 e 2013, sustentando que a liberdade do ex-ministro pode atrapalhar o andamento da apuração.

“Realço que é investigada uma poderosa organização criminosa que teria se infiltrado nos altos escalões da administração pública, e que seria integrada, segundo indícios já coligidos, por um ex-ministro de Estado e o ex-presidente da Câmara dos Deputados”.

“Deve ser lembrado a este juízo, que se usufruir de prisão domiciliar, Geddel poderá manter contatos, receber visitas, dar ordens e orientações que podem frustrar os objetivos das medidas cautelares nesta investigação. Como referido acima, ele deu provas materiais de que atuará de toda forma para que esta persecução criminal não tenha o mesmo êxito que teria se estivesse preso”, concluiu.

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