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Randolfe revela que sócio da Precisa soube de operação da PF antes de ocorrer

Vice-presidente da CPI da Covid-19 relatou troca de mensagens entre empresários sobre operação antes de ser deflagrada

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Randolfe Rodrigues_CPI
1 de 1 Randolfe Rodrigues_CPI - Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

O vice-presidente da CPI da Covid-19, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), disse, nesta quinta-feira (26/8), que o empresário Francisco Maximiano, sócio da Precisa Medicamentos, vazou informações da Operação Falso Negativo antes da operação acontecer.

O senador relatou trocas mensagens entre os empresários José Ricardo Santana, Maximiano e Marcony Albernaz, lobista da Precisa, sobre a Operação Falso Negativo, na Secretaria de Saúde do Distrito Federal, em 2 de julho de 2020, com informações uma hora antes da deflagração. A Precisa foi alvo da operação.

“Já tinha visto. O Maxi me avisou”, respondeu Marcony a Santana, em mensagem.

“Quem informa o senhor Francisco Maximiano, às 5h16, sobre a operação? De onde onde vazou a informação da operação? Só quem sabe é a Polícia Federal ou do Ministério Público Federal”, questionou Randolfe. “Que poder é esse que os senhores Maximiano e Marcony têm para saber da operação antes que ela ocorra?”

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O empresário Ricardo Santana, apontado como lobista da Precisa, na CPI da Covid-19
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O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), criticou o fato da Polícia Federal e do governo permitirem que servidores, como Roberto Dias e Santana, envolvidos na operação continuassem com as atividades no Ministério da Saúde. “Isso é gravíssimo”, destacou ele, acrescentando que não barraram “para não manchar o governo federal”.

Aziz recordou que uma deputada anunciava à época operações da Polícia Federal nos estados. Trata-se da deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP).

A CPI está colhendo o depoimento de Santana, que é apontado como lobista da Precisa Medicamentos e que também participou do jantar no qual houve, supostamente, o pedido de propina de US$ 1 por dose para a compra de vacinas.

Precisa foi a empresa intermediadora das negociações entre o laboratório indiano Bharat Biotech com o Ministério da Saúde para a compra da vacina Covaxin. Após as irregularidades virem à tona, o governo cancelou o contrato.

Esclarecimento

Após a declaração do senador, a Polícia Federal explicou que não a referida operação. “Sobre declarações realizadas durante a sessão de hoje (26/8), da CPI da Covid-19, a Polícia Federal esclarece que a Operação Falso Negativo não foi deflagrada pela PF”, disse, em nota.

A operação em questão foi realizada pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), com o apoio da Polícia Civil.

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