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Randolfe rebate Rose sobre fraude na assinatura de CPI: “Inverossímil”

Senadora do MDB-ES alegou que alguém teria fraudado e inserido sua assinatura no requerimento que pede a abertura da CPI do MEC

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Jefferson Rudy/Agência Senado
Os senadores Randolfe Rodrigues e Rose de Freitas sentados lado a lado na mesa diretora de uma comissão do Senado. Randolfe fala ao microfone enquanto Rose, sorrindo, o observa - Metrópoles
1 de 1 Os senadores Randolfe Rodrigues e Rose de Freitas sentados lado a lado na mesa diretora de uma comissão do Senado. Randolfe fala ao microfone enquanto Rose, sorrindo, o observa - Metrópoles - Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

O líder da oposição no Senado Federal, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), usou as redes sociais, nesta sexta-feira (8/4), para rebater a senadora Rose de Freitas (MDB-ES), que insinuou que sua assinatura teria sido fraudada em requerimento que pede a instalação da CPI do MEC. O caso foi parar no presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que determinou abertura de investigação para apurar o episódio.

Por meio do Twitter, Randolfe afirmou que a senadora ou alguém autorizado por ela inseriu a assinatura no documento, por meio do Sistema de Envio de Documentos Legislativos, o Sedol. O parlamentar defende que a plataforma “garante a integridade a autenticidade de tal manifestação de vontade”.

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“Foi um pedido especial que o presidente da República fez para mim sobre a questão do [pastor] Gilmar”, afirma Ribeiro em conversa gravada. “A minha prioridade é atender primeiro os municípios que mais precisam e, em segundo, atender a todos os que são amigos do pastor Gilmar”, declarou o ex-ministro
Ministério da Educação (MEC)
No meio do suposto esquema de propina estão os pastores Gilmar Santos, Arilton Moura e o agora ex-ministro da Educação Milton Ribeiro. De acordo com a denúncia, Santos e Moura, que não têm cargos públicos, controlavam a agenda de Ribeiro e atendiam às demandas de prefeituras que pagavam propina para conseguir a liberação de recursos
A manobra ocorria da seguinte forma: os pastores participavam de agendas da pasta acompanhados de dezenas de prefeitos e exigiam pagamentos entre R$ 15 e R$ 40 mil para liberar o repasse de verbas. Vários municípios cujos prefeitos participavam das reuniões, conseguiam as verbas semanas depois
No fim de março, dias após a mídia noticiar o suposto esquema, Gilberto Braga (PSDB), prefeito de Luís Domingues (MA), afirmou que Moura cobrou R$ 15 mil, mais um quilo de ouro, para dar andamento às demandas da prefeitura
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Recentemente, um áudio em que Milton Ribeiro afirma priorizar repasses da Educação a determinadas prefeituras a pedido do presidente Bolsonaro ganhou o noticiário. Apesar de, logo em seguida, negar a existência de irregularidades bem como o envolvimento de Bolsonaro, Ribeiro passou a ser objeto de pedidos de investigação

Reprodução/Instagram
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“Foi um pedido especial que o presidente da República fez para mim sobre a questão do [pastor] Gilmar”, afirma Ribeiro em conversa gravada. “A minha prioridade é atender primeiro os municípios que mais precisam e, em segundo, atender a todos os que são amigos do pastor Gilmar”, declarou o ex-ministro

Isac Nóbrega/PR
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Ministério da Educação (MEC)

Marcelo Camargo/Agência Brasil
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No meio do suposto esquema de propina estão os pastores Gilmar Santos, Arilton Moura e o agora ex-ministro da Educação Milton Ribeiro. De acordo com a denúncia, Santos e Moura, que não têm cargos públicos, controlavam a agenda de Ribeiro e atendiam às demandas de prefeituras que pagavam propina para conseguir a liberação de recursos

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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A manobra ocorria da seguinte forma: os pastores participavam de agendas da pasta acompanhados de dezenas de prefeitos e exigiam pagamentos entre R$ 15 e R$ 40 mil para liberar o repasse de verbas. Vários municípios cujos prefeitos participavam das reuniões, conseguiam as verbas semanas depois

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No fim de março, dias após a mídia noticiar o suposto esquema, Gilberto Braga (PSDB), prefeito de Luís Domingues (MA), afirmou que Moura cobrou R$ 15 mil, mais um quilo de ouro, para dar andamento às demandas da prefeitura

Igo Estrela/Metrópoles
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Pouco tempo depois, outras denúncias começaram a surgir. Dessa vez, o prefeito de Bonfinópolis (GO), Kelton Pinheiro, revelou que Arilton Moura pediu R$ 15 mil, além de compras de Bíblias, para “ajudar na construção da igreja”

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O prefeito de Bonfinópolis, revelou ainda que os envolvidos chegaram a oferecer abatimento de 50% na propina para liberação de verbas para escolas. Segundo ele, os valores eram fixados de acordo com o grau de proximidade. Caso fossem “conhecidos” de alguns dos pastores, o valor da propina era apresentado “com desconto”

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Ministério da Educação

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Agora, a Comissão de Educação do Senado Federal ouviu prefeitos que testemunharam o suposto esquema de favorecimento e o presidente do colegiado, Marcelo Castro (MDB-PI), pediu cautela antes de defender que seja instalada uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI)

Geraldo Magela/Agência Senado
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Segundo Castro, a comissão quer “cumprir algumas etapas” antes de proceder com a defesa de uma CPI para apurar os episódios envolvendo a pasta

Geraldo Magela/Agência Senado
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Entre elas, estão a realização de oitivas com o presidente do FNDE, Marcelo Lopes da Ponte, além do ministro interino da Educação, Victor Godoy Veiga, Milton Ribeiro, e dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, acusados de atuar como lobistas no ministério

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Segundo o jornal O Globo, os pastores perceberam as portas do Executivo abertas muito antes de Ribeiro assumir o MEC. Eles, na verdade, se envolveram com o governo Bolsonaro graças ao deputado João Campos (Republicanos), que é pastor da Assembleia de Deus. A partir disso, se aproximaram do atual presidente e conquistaram espaço

Reprodução

O senador narra que, sem explicitar os motivos, requereu, pela mesma via, a retirada da assinatura. “Menciona, inclusive, o desejo de ‘retirada da assinatura’ e, contraditoriamente, não pesou qualquer alegação de ‘fraude'”.

“Ora, só requer a retirada de um apoio quem o oferecera legitimamente antes, de modo a nos causar perplexidade a alegação de que o primeiro requerimento resultaria de fraude. Tal alegação, para além de soar francamente inverossímil, não se faz acompanhar de qualquer evidência”, alega o parlamentar.

O líder da oposição lembra que episódio similar envolvendo a senadora ocorreu no âmbito da instalação da CPI da Covid. Tal como desta vez, na ocasião, a emedebista teria assinado e, posteriormente, retirado assinatura.

“A senadora requereu apuração do caso. Quero dizer que solicitarei igualmente ao serviço de informática do Senado os registros de acesso (logs) e o endereço de IP (internet protocol) que evidenciem de onde partiram tais requerimentos”, completou.

Veja:

Entenda

Nessa quinta (7/4), a senadora Rose de Freitas (MDB-ES) pediu a Pacheco que a Polícia Legislativa abrisse investigação para apurar eventual fraude em sua assinatura em apoio à CPI do MEC, alimentada por Randolfe.

Segundo a emedebista, ela foi pega de surpresa quando foi questionada em uma reunião sobre ter assinado a lista que circulava em apoio à comissão. “Não assinei e, no entanto, meu nome constava no hall de assinaturas da CPI. Ninguém pode tomar possa da assinatura com expediente digital para colocar o nome de uma pessoa, para dizer que apoiou tal requerimento ou CPI. Isso é uma fraude”, declarou a senadora, no plenário.

Antes do relato de Rose de Freitas, a assessoria de comunicação de Randolfe havia repassado uma lista de senadores que haviam assinado o requerimento e o nome dela não constava.

Essa lista, entretanto, não é um documento oficial do Senado, visto que não há qualquer registro da CPI no Senado. Isso só ocorre quando o requerimento atingir o número mínimo de 27 assinaturas.

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