Randolfe quer dados da viagem de Maximiano, da Precisa, à Índia
Vice-presidente da CPI destaca que, apesar de apresentar à Receita renda em 2020 de menos de R$ 5 mil, empresário viajou de voo fretado
atualizado
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O vice-presidente da CPI da Covid, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), quer informações da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), da Infraero, da Receita Federal e da Polícia Federal sobre a viagem do empresário Francisco Maximiano, um dos sócios da Precisa Medicamentos, à Índia, em janeiro deste ano, por causa da Covaxin.
A Precisa é a empresa intermediária entre o laboratório indiano Bharat Biotech e o Ministério da Saúde na negociação da vacina, que custou R$ 1,6 bilhões por 20 milhões de doses e está envolvido em supostas irregularidades.
“A viagem tinha como objetivo a compra da vacina Covaxin pelo governo brasileiro e por clínicas privadas. Maximiano teria relatado nessa viagem que o Ministério da Economia iria promover a abertura de crédito para que as clínicas pudessem adquirir as vacinas intermediadas pela Precisa Medicamentos”, diz o requerimento.
“A despeito de apresentar à Receita Federal uma renda mensal em 2020 de menos de R$ 5 mil, Maximiano viajou à Índia, supostamente, em um voo fretado. Dessa forma, é importante que seja encaminhado a esta CPI todas as informações pertinentes ao voo à Índia dos representantes da Precisa Medicamentos”, acrescenta.
Maximiano prestaria depoimento à CPI da Covid no último dia 23 de junho, mas alegou estar em quarentena por causa da Covid-19, após retornar de outra viagem ao país asiático. A oitiva foi remarcada para a última quinta-feira (1°/7), mas ele conseguiu um habeas corpus para ficar em silêncio. A direção da comissão optou por suspender o depoimento.
Veja o requerimento:
DOC-REQ 10622021 – CPIPANDEMIA-20210702 by Carlos Estênio Brasilino on Scribd