Randolfe pede indiciamento de Queiroga: “Convertido ao negacionismo”
Senador criticou a mudança de postura do ministro durante sua gestão e explicou por que a comissão desistiu de ouvi-lo novamente
atualizado
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O vice-presidente da CPI da Covid-19, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou, nesta terça-feira (12/10), que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, é “um convertido ao negacionismo”. A fala ocorreu em entrevista do senador à emissora GloboNews.
O parlamentar criticou a mudança de postura do chefe da pasta durante sua gestão e justificou a desistência da cúpula do colegiado por ouvi-lo pela terceira vez antes do encerramento dos trabalhos, previsto para ocorrer em 20 de outubro. A CPI não quer “dar palco” para o ministro, segundo Randolfe.
“O Queiroga que prestou depoimento no começo da CPI não é o Queiroga de hoje. Criamos esperança no Queiroga original, que lá trás disse que máscara poderia ser tão eficaz quanto vacinação e, hoje, diz que máscara não pode ser obrigatória”, disse em entrevista ao canal.
Randolfe defendeu ainda que o ministro da Saúde conste como um dos indiciados pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL) no relatório da comissão.
“Queiroga dá elementos, por omissão, para ser indiciado. O jaleco que ele tinha e usava lá trás foi rasgado e tristemente manchado”, completou.
Durante reunião nesta tarde, a CPI da Covid desistiu de ouvir o ministro pela terceira vez. O entendimento do chamado G7, grupo independente e oposicionista que comanda os trabalhos, é de que as respostas fornecidas por escrito pelo chefe da Saúde são “suficientes”.