Randolfe “entrega” festas de Romário e bacalhoadas de Omar Aziz
Vice-presidente da extinta CPI da Covid-19 brincou com os jantares feitos pelo G7 para definir estratégias do colegiado
atualizado
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Líder da oposição no Senado Federal, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) afirmou, em entrevista ao programa Achismos, que o colega senador Romário (PL-RJ) tem o costume de promover festas na casa dele em Brasília. O senador amapaense, no entanto, negou ter comparecido a um dos eventos.
“Romário é muito bacana, faz festas na casa dele, mas ainda não fui”, disse o parlamentar ao humorista Maurício Meireles.
Randolfe também comentou sobre os trabalhos realizados no âmbito da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19. O senador lembrou dos encontros do grupo majoritário do colegiado, o chamado G7, no apartamento funcional do presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM).
Segundo o senador da Rede, os encontros ocorriam às segundas-feiras sempre com o anfitrião oferecendo bacalhoada aos convidados. “O que nós fazíamos: chegávamos na segunda e tinha o bacalhau do Omar. Era um encontro para definir a estratégia da semana”, explica.
“A primeira segunda foi bacana [o bacalhau], na segunda continuou bacana, na terceira segunda-feira… Na quarta segunda… Foram três meses de bacalhau do Omar, até que a gente prorrogou a CPI e teve mais seis meses de bacalhau”, brincou o senador.
CPI da Covid-19
A CPI da Covid foi criada para investigar ações e omissões do governo durante a pandemia. Ao todo, foram seis meses de trabalho, tendo sido instalada em 27 de abril deste ano e concluída em 26 de outubro.
Ao fim dos trabalhos, o relator do colegiado, senador Renan Calheiros (MDB-AL), apresentou relatório em que pede o indiciamento de 78 pessoas e duas empresas, incluindo o presidente Jair Bolsonaro (PL), por nove crimes. O documento foi aprovado por 7 votos a 4.
Entre os alvos dos pedidos de punição estão o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e os filhos Flávio (Patriota-RJ), Carlos (Republicanos-RJ) e Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), além dos ministros Wagner Rosário (Controladoria-Geral da União), Onyx Lorenzoni (Cidadania), Walter Braga Neto (Defesa) e Marcelo Queiroga (Saúde).
Também fazem parte da lista de sugestão de indiciamento os ex-ministros Eduardo Pazuello (Saúde) e Ernesto Araújo (Relações Exteriores), além do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), influenciadores bolsonaristas e duas empresas – Prevent Senior e VTCLog.