Randolfe: desfile foi “mais patético que os da Coreia do Norte”
Vice-presidente da CPI da Covid-19 classificou como “demonstração de fraqueza” o desfile militar apoiado por Bolsonaro na Esplanada
atualizado
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O vice-presidente da CPI da Covid-19, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), classificou como “patética demonstração de fraqueza” o desfile militar apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na Esplanada dos Ministérios, na manhã desta terça-feira (10/8). Nas palavras do senador, o evento é “mais patético que aqueles desfiles de Kim Jong-Un lá, em Pyongyang, na Coreia do Norte”.
“Aqueles pelo menos é para demonstrar a força para o inimigo externo; este daqui é para demonstrar a força diante de quem? Talvez seja não para demonstrar força, mas para esconder, para esconder e para desviar a atenção do que realmente importa”, completou Randolfe.
O vice-presidente também chamou o desfile de “lamentável espetáculo circense”. “A resposta tem que vir ao final do dia de hoje, rejeitando essa balela de voto impresso, em que nenhum brasileiro está interessado. Brasileiro está querendo é comida na mesa, vacina no braço, economia retomada, saber se o seu governo vai garantir o básico”.
“Não tentem aqui argumentar que é uma cerimônia comum esta que está acontecendo, não é, não é. É uma tentativa desesperada de força, mas que se assemelha a um gesto patético de fraqueza de um governo que já está derrotado”, enfatizou.
O senador voltou a defender os trabalhos do colegiado e a criticar o governo federal pelas denúncias de corrupção no Ministério da Saúde apuradas pela comissão. “O que importa são os esquemas de corrupção que esta Comissão Parlamentar de Inquérito está descobrindo”, disse.
“O que importa é a inflação acumulada no último período, de quase 9%, é o preço da carne, do óleo de soja, do arroz, do feijão que os brasileiros não estão tendo dinheiro para pagar no supermercado, são os mais de 14 milhões de brasileiros desempregados por conta dos erros da condução por parte deste governo. O que importa, senhor presidente, são mais de 563 mil famílias brasileiras órfãs por conta do negacionismo, por conta do tratamento precoce sem eficácia comprovada, por conta da pior gestão da pandemia do mundo”, prosseguiu.