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Randolfe aciona TCU por gastos de Bolsonaro com férias e auxílio à BA

Presidente Jair Bolsonaro, de férias desde o último dia 17 de dezembro, tem sido criticado por ausência na região atingida por enchentes

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Bolsonaro dirige jet ski em SC
1 de 1 Bolsonaro dirige jet ski em SC - Foto: Reprodução/Facebook

Líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) entrou, nesta quinta-feira (30/12), com representação ao Tribunal de Contas da União (TCU) sobre os gastos nas férias do presidente Jair Bolsonaro (PL) e o auxílio às vítimas das enchentes que atingiram a Bahia.

A representação solicita que a Corte cobre informações e fiscalize o montante gasto pelo governo federal com as férias de Bolsonaro em São Paulo e em Santa Catarina.

Além disso, “diante do estado de emergência em que se encontram os municípios brasileiros e diante do envio insuficiente de recursos federais para mitigar a tragédia”, que a Corte suspenda os gastos com as férias do presidente e determine a sua reversão ao socorro aos municípios da Bahia e Minas Gerais, que foram atingidos pelas fortes chuvas e enchentes.

Veja a representação:

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“Apesar de estar de férias, o presidente da República ocupa o cargo da mais alta relevância do ponto de vista da tomada de decisões em situações de calamidade pública, enchentes e inundações como as atualmente vivenciadas pelo povo baiano. Diante de todo esse sofrimento, a interrupção espontânea das férias do presidente Jair Bolsonaro seria até uma demonstração mínima de humanidade e sensibilidade”, justifica.

As chuvas na região sul da Bahia deixaram, até o momento, 24 mortos, 434 feridos e 91 mil desabrigados ou desalojados. Dos 141 municípios afetados pelas chuvas, 132 declararam situação de emergência. O senador pontuou que até então o governo editou um Medida Provisória que destinou R$ 200 milhões para reconstrução de estradas, sendo apenas R$ 80 milhões para o estado nordestino.

Randolfe destacou que “a omissão e o descaso do presidente Bolsonaro diante da tragédia contrastam com as atitudes de seus predecessores”.

O senador recordou que, em 2008, ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobrevoou Santa Catarina após o estado sofrer enchentes devastadoras e, em 2010, visitou o município de Palmares, em Pernambuco, onde se reuniu com a população e autoridades durante uma enchente que deixou inúmeros desabrigados. Ele lembrou que, em 2013, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) visitou a Boate Kiss após o incêndio que matou centenas de pessoas.

Bolsonaro, de férias desde o último dia 17 de dezembro, não visitou a região e vem sendo criticado por essa ausência.

Convocação

O parlamentar também apresentou, nesta quinta-feira, requerimento de convocação do ministro das Relações Exteriores, Carlos França, à Comissão Representativa do Congresso Nacional para que ele explique a recusa da oferta de ajuda do governo argentino à Bahia.

A Argentina ofereceu auxílio de 10 profissionais conhecidos como “capacetes brancos” especializados nas áreas de água e saneamento, logística e apoio psicossocial para vítimas de desastres, comprimidos para potabilização de água, entre outras coisas.

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De acordo com climatologistas, as tempestades na Bahia têm a ver com a combinação de dois fenômenos distintos
O primeiro deles trata-se de um corredor de umidade que surge na Amazônia e vai em direção à Bahia, ao Rio de Janeiro e a São Paulo
O segundo é a formação de uma área de baixa pressão no Oceano Atlântico, próximo à região costeira do Brasil, que evoluiu para um sistema denominado depressão subtropical
A depressão subtropical é um evento meteorológico que gira no sentido horário e é marcado pela formação de nuvens, ventos, tempestades e agitação marítima
Segundo especialistas, a depressão subtropical é algo atípico e ainda possui condições de evoluir para uma tempestade tropical
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De acordo com climatologistas, as tempestades na Bahia têm a ver com a combinação de dois fenômenos distintos

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O primeiro deles trata-se de um corredor de umidade que surge na Amazônia e vai em direção à Bahia, ao Rio de Janeiro e a São Paulo

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O segundo é a formação de uma área de baixa pressão no Oceano Atlântico, próximo à região costeira do Brasil, que evoluiu para um sistema denominado depressão subtropical

Fernando Frazão/Agência Brasil
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A depressão subtropical é um evento meteorológico que gira no sentido horário e é marcado pela formação de nuvens, ventos, tempestades e agitação marítima

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Segundo especialistas, a depressão subtropical é algo atípico e ainda possui condições de evoluir para uma tempestade tropical

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Na Bahia, o sul foi a região que teve chuvas mais volumosas

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No dia 9 de dezembro, o governo do estado decretou situação de emergência para 24 cidades. O objetivo é mobilizar todo o aparato público para apoiar as ações de socorro à população

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Em alguns municípios, foram registradas inundações e as pessoas tiveram que deixar suas casas

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Imagens compartilhadas nas redes sociais mostram cidades totalmente inundadas

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As mais atingidas foram Jucuruçu e Itamaraju, que ficam no sul do estado

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De acordo com Rui Costa (PT), governador da Bahia, os dois municípios "estão praticamente embaixo d'água"

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Autoridades orientam que os moradores dos locais afetados se abriguem em áreas mais altas e solicitem ajuda

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Segundo a Defesa Civil da Bahia, os temporais deixaram 26 mortos e pelo menos 60 mil pessoas desabrigadas

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