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Ramos critica Bolsonaro por suposto acordo e pede veto total ao fundão

Vice-presidente da Câmara sugeriu o veto à matéria e posterior devolução ao Congresso. “Porque aí o voto é obrigatoriamente nominal”, disse

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1 de 1 Marcelo Ramos_Congresso - Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Criticado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL-AM), disse, nesta terça-feira (20/7), que, “depois de toda a fanfarronice, [o presidente] está armando um acordão pra dobrar o valor do fundo e passar para R$ 4 bilhões”. O parlamentar sugeriu que o mandatário do país vete integralmente o aumento das despesas relacionadas ao fundo eleitoral.

Após Bolsonaro anunciar que não sancionaria o fundão de R$ 5,7 bilhões, o Palácio do Planalto tem articulado para diminuir o montante que será usado nas eleições de 2022 para R$ 4 bilhões. O valor anterior era de R$ 2 bilhões.

“Presidente Bolsonaro. Acordão de R$ 4 bilhões, não! Vete total! Cumpra sua palavra! E não espere o último dia do prazo, não! Vete hoje e devolva pro Congresso, porque aí o voto é obrigatoriamente nominal!”, escreveu Ramos.

No último domingo (18/7), Bolsonaro culpou o vice-presidente da Câmara pela aprovação do fundão. Ramos conduziu as sessões do Congresso Nacional que analisaram a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2022; o texto apresentado continha o aumento da quantia reservada ao fundo eleitoral. O relator da proposta foi o deputado Juscelino Filho (DEM-BA).

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Presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes
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“Os parlamentares aprovaram a LDO. É um documento enorme, com vários anexos. Tem muita coisa lá dentro. Muitos parlamentares tentaram destacar essa questão [fundo eleitoral]. O responsável por aprovar isso é o Marcelo Ramos lá do Amazonas. Ele que fez isso tudo. Se tivesse destacado, talvez o resultado teria sido diferente. Então, cobre, em primeiro lugar, do Marcelo Ramos”, assinalou o chefe do Executivo federal.

Em resposta, Ramos afirmou que o titular do Palácio do Planalto corre de suas responsabilidades e obrigações, e lembrou que não votou na matéria, pois estava presidindo a sessão. “Se depender do Bolsonaro, ele não é responsável por nenhuma das mais de 530 mil pessoas mortas na pandemia, nem por 15 milhões de desempregados, nem por 19 milhões de brasileiros com fome, nem mesmo pela escandalosa tentativa de roubo na compra de vacinas”, pontuou.

O vice-presidente da Câmara frisou que os filhos do presidente, deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), votaram favoravelmente ao aumento do fundão.

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