“Questão do off-label é direito e dever do médico”, defende Bolsonaro
O presidente da República cumpriu agenda em Chapecó (SC) e voltou a defender o tratamento precoce contra a Covid-19
atualizado
Compartilhar notícia
Durante agenda em Chapecó (SC), nesta quarta-feira (7/4), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a defender o tratamento precoce contra a Covid-19. O uso dos medicamentos que compõem a principal bandeira de defesa do chefe do Executivo não têm comprovação científica de eficácia contra o vírus.
“Tivemos um primeiro ministro da Saúde… O protocolo dele era ‘fica em casa e quando sentir falta de ar vá para o hospital’. Eu questionei: ora, vai para casa? Falta de ar vai pro hospital pra fazer o que? Pra ser entubado? Por que não pode ter um tratamento imediato?”, disse Bolsonaro durante o começo do discurso.
O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta deixou o governo após se discordar de Bolsonaro na condução da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus.
“Olha, a questão do off-label fora da bula é um direito e dever do médico, ele tem que buscar uma alternativa ou, até mesmo, se um paciente tá com uma certa doença e não tem aquele remédio específico comprovado cientificamente, tem que buscar uma outra alternativa”, justificou Bolsonaro.
A visita a Chapecó ocorreu um dia após o país registrar mais um recorde de mortes pela Covid-19: 4.195 mortes. Com isso, a média móvel de óbitos no país nos últimos 7 dias ficou em 2,8 mil. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de 21%, indicando tendência de alta nos óbitos pela doença.
Os medicamentos que são frequentemente utilizados precocemente contra o coronavírus e defendidos por Bolsonaro são cloroquina, hidroxicloroquina, ivermectina, azitromicina, nitazoxanida, corticoide, zinco, vitaminas, anticoagulante, ozônio por via retal e dióxido de cloro.