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Quem é Márcio Pochmann, novo presidente do IBGE

Economista que assume o IBGE presidiu o Ipea. Quadro importante do PT, já comandou também o Instituto Lula, além da Fundação Perseu Abramo

atualizado

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O novo presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), economista Márcio Pochmann, é um quadro importante do PT. Pochmann formou-se, em 1984, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e tornou-se professor da Unicamp em 1989. A cerimônia de posse ocorre nesta sexta-feira (18/8).

O Departamento de Economia da universidade paulista é conhecido por ter uma linha de pesquisa heterodoxa, que é uma escola de pensamento “rival” do liberalismo, preferido, por exemplo, por economistas e políticos ligados aos governos do tucano Fernando Henrique Cardoso.

Entre 2007 e 2012, do segundo mandato de Lula até o início do primeiro mandato de Dilma Rousseff (PT), ele presidiu o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). É por seu trabalho nesse período, apontado como ideológico demais e com relatos de conflitos com funcionários críticos, que o economista da Unicamp não é benquisto pelos liberais.

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Marcio Pochmann
Reunião de Lula com Pochmann
Marcio Pochmann
O novo presidente do IBGE, Márcio Pochmann
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Economista Marcio Pochmann e ministra Simone Tebet

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Marcio Pochmann

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Reunião de Lula com Pochmann

Ricardo Stuckert/PR
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Marcio Pochmann

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O novo presidente do IBGE, Márcio Pochmann

Paulo Pinto/Agência PT

Nas eleições de 2012 e 2016, foi canditato do PT à Prefeitura de Campinas. Em 2018, tentou uma cadeira na Câmara dos Deputados. Não chegou a ser eleito nenhuma vez. Ele também comandou a Secretaria Municipal do Desenvolvimento, Trabalho e Solidariedade durante a gestão de Marta Suplicy (PT), em São Paulo.

Pochmann também foi presidente da Fundação Perseu Abramo, braço teórico do PT, entre 2012 e 2020. Quando foi indicado ao IBGE, estava presidindo o Instituto Lula.

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Críticas

O empossado nesta sexta-feira (18/8) não é bem visto por colegas do campo liberal e sua indicação para o cargo, por Lula, causou uma polêmica que incluiu inclusive a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, comandante da pasta à qual o IBGE é vinculado.

Diretora do BNDES no governo FHC e coordenadora do programa econômico da candidatura de Simone Tebet à Presidência em 2022, a economista Elena Landau classificou a escolha de Pochmann para presidir o IBGE como “um dia de luto para a estatística brasileira”. Já o ex-presidente do próprio IBGE Edmar Bacha se disse “ofendido” com a escolha.

Por outro lado, deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente nacional do partido, disse, antes da confirmação, que a chegada de Pochmann ao governo seria muito bem-vinda. “Intelectual histórico, Pochmann tem um olhar aguçado para as pesquisas na área social, é um democrata que pensa um Brasil mais justo. Em tempos de profunda desigualdade, é a escolha ideal para o cargo”, defendeu a petista.

Ele também participou da equipe de transição de governo após as eleições presidenciais do ano passado.

Pochmann já trabalha no IBGE desde que foi nomeado, em 8 de agosto.

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