Queiroz: veto de Toffoli atrasou operação em 6 meses, diz revista
Segundo a Época, buscas em endereços ligados ao ex-assessor de Flávio Bolsonaro estavam planejadas mas esbarraram em decisão do ministro
atualizado
Compartilhar notícia
O Grupo Especializado no Combate à Corrupção do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) já preparava, desde o meio do ano, a operação de busca e apreensão em endereços ligados ao policial aposentado Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ), informa a revista Época.
A ação, porém, foi abortada após o ministro Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), decidir, em julho, paralisar liminarmente todos os procedimentos investigatórios que envolvessem repasse sem autorização judicial de dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
A liminar de Toffoli só caiu no início de dezembro, após o plenário do Supremo decidir, por 8 votos a 3, permitir o repasse de dados de relatórios do Coaf (que agora está no Banco Central) sem autorização judicial para órgãos de investigação.
Queiroz é investigado pelos promotores do Rio por suspeita de organizar um esquema de desvios de parte do salário de servidores comissionados do então deputado Flavio Bolsonaro, a chamada rachadinha.
Ele nega as acusações e nesta quarta (18/12/2019), dia em que a operação foi realizada, sua defesa afirmou que a ação foi “absolutamente desnecessária, uma vez que ele sempre colaborou com as investigações”.