Queiroga sobre saídas de Bolsonaro: “Não sou censor do presidente”
Ministro da Saúde disse orientar o presidente da República sobre risco sanitário da promoção de aglomerações
atualizado
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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou, nesta terça-feira (8/6), que orienta o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre a necessidade de seguir os protocolos sanitários e medidas de prevenção para evitar a disseminação do novo coronavírus. No entanto, o titular da pasta defendeu que a decisão de cumprir ou não as recomendações é particular do chefe do Executivo.
Em depoimento à CPI da Covid, Queiroga defendeu que “as recomendações sanitárias estão postas e cabe a todos aderir às recomendações”.
“Senador, o presidente não conversou comigo acerca da atitude dele [de promover aglomerações]. Eu sou um ministro da Saúde, eu não sou censor do presidente da República. Faço parte de um governo, presidente da República não é julgado pelo ministro da Saúde”.
Questionado sobre o grau de importância que o ministro dedica ao uso de máscara de proteção e distanciamento social, o ministro disse: “Eu estou sempre de máscara”.
Queiroga presta, nesta manhã, o segundo depoimento ao colegiado. Ele retorna após a primeira oitiva ter sido avaliada pelos senadores como “pouco esclarecedora”. Na ocasião, o ministro tinha pouco tempo de cargo e focou o discurso em promessas e compromissos.
A CPI da Covid tem o objetivo de investigar as ações e omissões do governo federal no enfrentamento à pandemia e, em especial, no agravamento da crise sanitária no Amazonas com a ausência de oxigênio, além de apurar possíveis irregularidades em repasses federais a estados e municípios.