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“Queiroga não manda tanto quanto acha que manda”, diz Omar Aziz

Presidente da CPI da Covid disse que ministro da Saúde será questionado sobre falta de posicionamento em torno do uso da cloroquina

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Imagem colorida mostra senador Omar Aziz falando durante CPI da Covid - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra senador Omar Aziz falando durante CPI da Covid - Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Ao comentar a expectativa para o próximo depoimento do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), disse que a falta de ascendência sobre definição da equipe e divergências em torno de estratégias nacionais mostram que o chefe da pasta não manda tanto no ministério que comanda.

“Essas questões todas mostram, claramente, que o ministro Queiroga não manda tanto quanto ele acha que manda no Ministério da Saúde”, disse Aziz em entrevista à CNN Brasil nesta segunda-feira (7/6).

Aziz afirmou que há indícios de que Queiroga não tem autonomia na composição da equipe e citou a não efetivação da infectologista Luana Araújo, enquanto a doutora Mayra Pinheiro foi mantida – esta última defensora do tratamento precoce.

“Doutor Queiroga disse que tinha autonomia para montar a equipe que quisesse, que não havia ingerência nenhuma. Por isso, está sendo chamado novamente. É totalmente desconexo”, disse.

O senador ainda se queixou da falta de uma estratégia nacional única de combate à Covid-19. “Nós não temos política macro, única para o país em relação à Covid.”

Segundo Aziz, a primeira questão que Queiroga deverá responder em seu depoimento será sobre o Conitec não ter se posicionado ainda sobre o uso da cloroquina. “Já se passou muito tempo e ainda não se tomou nenhuma providência sobre isso”, disse o senador.

CBF e Pazuello

Aziz considerou não haver pertinência na convocação do presidente da CBF, Rogério Caboclo, que está afastado da entidade. Requerimentos de convite e de convocação serão votados nesta terça-feira (8/6) pela CPI.

“O caso específico do Rogério Caboclo tem uma análise que o relator tem que fazer. No meu ponto de vista, ele pouco pode contribuir no assunto CPI”, considerou Aziz. “Não vejo pertinência em relação ao presidente da CBF, principalmente agora com ele afastado da CBF.”

Sobre nova convocação do ex-ministro Eduardo Pazuello, o senador disse não ver muita utilidade em novo depoimento.

“Pazuello hoje não tem muita utilidade para a CPI, vamos falar sério. É simples assim: um manda, o outro obedece. Ele seguiu ordens”, disse Aziz. “Não tem mais tempo pra gente perder com uma pessoa que não vai contribuir. Não existe ‘não, senhor’ pra ele”, concluiu.

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