Queiroga diz a diretor da OMS que vai “passear” em Haia com Bolsonaro
Declaração foi dada em conversa com Tedros Adhanom, logo após presidente dizer que é o único chefe de Estado do mundo acusado de genocídio
atualizado
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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse ao diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, em tom de brincadeira, que vai “passear em Haia” com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
“Sou o único chefe de Estado do mundo que está sendo investigado, acusado de genocida”, disse Bolsonaro, ao diretor-geral da OMS. “Eu também. Vou com ele para Haia; passear lá em Haia”, completou o ministro da Saúde.
🇧🇷 Bolsonaro diz a Tedros Adhanom, diretor-geral da OMS, que ele é o “único chefe de Estado do mundo investigado e acusado de genocida”.
Ministro da Saúde do Brasil, Marcelo Queiroga ri e diz: “vou com ele pra Haia, passear lá em Haia”. pic.twitter.com/oAr3g9xvRE
— Eixo Político (@eixopolitico) October 31, 2021
Bolsonaro e Queiroga estão em Roma, na Itália, onde participaram da reunião da cúpula do G20, grupo que reúne os países mais ricos do mundo.
Senadores da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 avaliam viajar a Haia, nos Países Baixos, para levar o relatório final da comissão ao Tribunal Penal Internacional.
A CPI da Covid aprovou, na última terça-feira (26/10), por 7 votos a 4, o relatório do senador Renan Calheiros (MDB-AL), com 80 pedidos de indiciamentos.
Os alvos são 78 pessoas e duas empresas. Entre as autoridades acusadas, estão o presidente Jair Bolsonaro e os filhos Flávio, Carlos e Eduardo Bolsonaro. Também são responsabilizados ministros, ex-ministros, empresários, lobistas, médicos e influenciadores bolsonaristas.