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Quanto vale vaga no STF, pergunta Bolsonaro sem ver que estava ao vivo

Presidente dava entrevista em seu canal no Facebook e, durante um intervalo comercial, fez o comentário sem perceber que era transmitido

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1 de 1 27_10_2021_17_28_35 - Foto: Reprodução/Facebook

Durante entrevista por videoconferência à TV Jovem Pan News, na manhã desta quarta-feira (27/10), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) questionou: “Quanto vale a vaga para o Supremo?”.

Ele transmitia simultaneamente a entrevista em seu Facebook. A live continuou durante um intervalo comercial e Bolsonaro mudou de assunto ao ver que estava ao vivo.

O presidente comentava o leilão da Via Dutra e citava casos de corrupção em contratos de pedágios. “No passado, o cara que fazia contrato levava uma caixa de dinheiro embora, metia a caneta no contrato e passava para R$ 20 o pedágio. Assim que funcionava. Ou não era assim? Pedágio de moto no Paraná: R$ 9. Agora, o que eu apanho por causa disso… Para mim é fácil, manda um sapato número 43 para mim, meu número aqui, tá? Um beijo. Sem problema. Chega o sapato número 43 cheio de notinha de cem verdinha dentro”, afirmou.

“Presta atenção, pessoal: quanto você acha que vale a vaga para o Supremo Tribu… ?”, disse o presidente, se interrompendo. “Tá gravando aí? Tá aqui na… Então, isso daí é o Brasil, a gente apanha pra cacete, pô, o tempo todo. E tem gente que não dá valor. ‘Ah, tem que resolver tudo’. Não dá pra resolver tudo, vamos devagar. Imagina se tivesse sentado no meu lugar o Haddad, como estaria o Brasil? Dá pra imaginar como estaria o Brasil? Estaria em lockdown”, prosseguiu, mudando de assunto.

Em 13 de julho, Bolsonaro indicou o pastor presbiteriano André Mendonça para a vaga do ex-ministro Marco Aurélio Mello no Supremo Tribunal Federal (STF), mas a tramitação está empacada desde então.

Terrivelmente evangélico

A indicação de Mendonça — que foi ministro da Justiça e Segurança Pública e Advogado-Geral da União da atual gestão — atende a uma promessa feita por Bolsonaro ao segmento evangélico de indicar para uma vaga na Suprema Corte um ministro “terrivelmente evangélico”.

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), tem barrado a marcação da sabatina de Mendonça, primeiro passo para a análise da indicação. O senador tem forte resistência ao nome e defende alternativas.

Cabe a Alcolumbre marcar uma data, mas o senador, que foi presidente do Senado entre 2019 e 2020 e era aliado do governo federal, tem forte resistência ao nome e defende alternativas.

Bolsonaro já reclamou da demora de Alcolumbre em marcar a data. “Ele pode votar contra. Agora, o que ele está fazendo não se faz, a indicação é minha. Se ele quer indicar alguém para o Supremo, ele pode indicar dois. Ele se candidata a presidente no ano que vem, no primeiro semestre de 23, tem duas vagas para o Supremo.”

Depois de sabatinado pela CCJ, Mendonça precisa reunir os votos favoráveis de 41 dos 81 senadores, maioria absoluta em plenário, para assumir uma cadeira na Suprema Corte.

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