“Quando invadirem tua casa, tu dá tiro de feijão nele”, diz Bolsonaro
Presidente rebateu críticas da esquerda, que o acusa de defender o armamento da população e desprezar a situação de fome
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) rebateu, nesta sexta-feira (1º/10), as críticas feitas pela esquerda devido à defesa que ele faz quanto à ampliação do direito à posse e ao porte de armas para a população brasileira. O mandatário afirmou que quem faz comparações entre o armamento e a fome deveria dar “um tiro de feijão” caso alguém invada a sua casa.
“Vocês sabiam que Santa Catarina é o estado que tem o menor percentual de mortes por milhão de habitantes? É o estado mais armado. Quanto mais armas, menos violência. O Lula acabou de dizer aí, chegou um vídeo pra mim, que ele vai desarmar o povo”, iniciou Bolsonaro, em conversa com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada.
“Inclusive, a esquerda fala que a gente não come arma, come feijão. Mas, quando alguém invadir a tua casa, tu dá tiro de feijão nele”, acrescentou.
A fala de Bolsonaro foi registrada por um canal no YouTube simpático ao presidente.
Em agosto, o presidente defendeu que “tem que todo mundo comprar fuzil” e chamou de “idiota” quem afirma que a prioridade deveria ser a compra de feijão.
“Tem que todo mundo comprar fuzil, pô. Povo armado jamais será escravizado. Eu sei que custa caro. Daí tem um idiota que diz: ‘Ah, tem que comprar feijão’. Cara, se não quer comprar fuzil, não enche o saco de quem quer comprar”, defendeu ele a apoiadores na saída do Palácio da Alvorada.
A declaração de Bolsonaro gerou várias reações entre parlamentares, partidos políticos e movimentos sociais. Protestos sob o lema “Feijão sim, fuzil não!” foram realizados em Brasília em 7 de Setembro.