“Quando acabar, vou dar satisfações”, diz Gustavo Bebianno
Ministro afirma que ficou perplexo com tratamento que recebeu e disse que seu caso é igual ao de Marcelo Álvaro Antônio, do Turismo
atualizado
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O ministro da Secretaria-Geral, Gustavo Bebianno, disse neste sábado (16/2) que “quando acabar” sua participação no governo, “se sentir vontade”, vai “dar satisfações”. A frase foi dita em resposta ao ser questionado sobre seu desafeto, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL). As informações são do Estadão.
O ministro, que deve ser demitido nesta segunda (18), passou o dia num hotel em Brasília. Ele não foi recebido pelo presidente, mas conversou com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, incumbido de arrumar uma saída honrosa. Em entrevista à imprensa, destacou o “carinho” que sente pelo presidente e disse ainda acreditar no governo.
O ministro soube de parte das informações sobre sua demissão pela imprensa, na noite de sexta (15/2), o que o deixou chateado. Na madrugada deste sábado, publicou nas redes sociais um texto sobre lealdade e amizade. A jornalistas, afirmou que compartilhou porque “teve vontade” e que foi algo “conceitual”.
Também na fala à imprensa questionou o tratamento “diferenciado” em relação ao ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio. No início do mês, Álvaro Antônio também foi alvo de suspeitas sobre o uso de candidaturas laranjas em Minas Gerais em 2018. Na época, o ministro do Turismo era presidente do Diretório Estadual. Ele foi mantido no cargo.
“Minha consciência está tranquila. Trata-se de bom senso, trata-se da lei, trata-se do estatuto do partido. Tanto é assim que, no caso do Marcelo Álvaro Antônio, por que eu não sou culpado, então?”, questionou, pois, segundo ele, os dois casos são semelhantes e só em um o culpam. Álvaro Antônio era presidente do PSL em Minas, no ano passado. No caso de Pernambuco, o presidente do diretório era o hoje deputado Luciano Bivar.
“Consciência absolutamente tranquila e limpa”
Em seguida, questionado por que estaria recebendo um tratamento diferente do ministro do Turismo, que permaneceu no cargo, Bebianno disse que não sabe. “Não sou eu que dispenso o tratamento, eu estou recebendo o tratamento com perplexidade. Quem dispensa o tratamento é que tem que explicar os seus motivos”, disse.
Para ele, não há razão para ligá-lo ao caso de Pernambuco. “Não tem nada a ver comigo, isso é a lei, o estatuto do partido, é o bom senso. Como alguém na nacional pode controlar o que acontece no Acre, em Rondônia?” Bebianno disse que não fez “nada de errado” e está com a consciência “absolutamente tranquila e limpa”.