QG da Propina: sem foro privilegiado, Crivella vai para a Justiça comum
O ex-prefeito do Rio de Janeiro foi preso no último dia 22 de dezembro, acusado de chefiar o grupo
atualizado
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Na próxima quarta-feira (06/01), os autos do caso QG da Propina, que culminou na prisão do ex-prefeito do Rio de Janeiro Marcelo Crivella (Republicanos), será redistribuído à 1ª Vara Criminal Especializada de Combate ao Crime Organizado.
A determinação, motivada pela perda do foro privilegiado de Crivella, é da relatora da acusação, desembargadora Rosa Helena Macedo Guita.
Com a saída do mandato de prefeito, Crivella perdeu o foro privilegiado. O QG da Propina, a qual Crivella é acusado de chefiar, agora passa à primeira instância. Quando ele ainda era prefeito, o caso era investigado pelo 1º Grupo de Câmaras Criminais do Tribunal de Justiça do Rio.
A mudança apressa a decisão judicial de admitir ou não a denúncia apresentada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) contra os 15 envolvidos, transformando a denúncia em ação penal e fazendo dos acusados, réus. A denúncia seria submetida ao colegiado de desembargadores, mas agora está na 1ª Vara Criminal Especializada de Combate ao Crime Organizado, só dependendo do juiz.
Prisão
A investigação se baseou na delação do doleiro Sérgio Mizrahy, preso pela Operação Câmbio, Desligo, em 2019. De acordo com ele, haveria um “QG da Propina” dentro da Riotur. Pontuou ainda que o empresário Rafael Alves era o operador do suposto esquema.
A nove dias do fim do mandato como prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella foi preso durante operação da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), no dia 22 de dezembro. Além do bispo licenciado da Universal, também foram detidos o empresário Rafael Alves e o delegado Fernando Moraes.