PT tentará manobra para que Dilma não fique inelegível
A ideia é levantar uma questão de ordem, logo no início da sessão, para separar a votação em duas. Na primeira, seria votada a perda do mandato. Na segunda, a perda dos direitos políticos
atualizado
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O Partido dos Trabalhadores (PT), legenda da presidente Dilma Rousseff, deve tentar uma manobra no início da sessão desta quarta-feira (31/8), quando deve ocorrer a votação do impeachment. A ideia é levantar uma questão de ordem, logo no início da sessão, para separar a votação em duas. Na primeira, seria votada a perda do mandato. Na segunda, a perda dos direitos políticos. A ideia é que a presidente afastada não perca os seus direitos políticos e, portanto, não fique inelegível por oito anos.
Essa manobra, porém, não deve passar com facilidade. A senadora Simone Tebet (PMDB-MS), por exemplo, avalia que a interpretação corrente no Supremo não permite desvincular os dois temas. “Isso está pacificado desde o impeachment de Fernando Collor. A perda de mandato é assessoria à perda dos direitos políticos”, afirmou. “Se tiverem dúvidas, teremos o presidente do Supremo no plenário”, provocou. As sessões do impeachment são presididas por Ricardo Lewandowski, presidente do STF.