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PT tenta últimos recursos antes de substituir Lula por Haddad

Decisão deve sair na terça. Partido não quer passar a impressão de que não esgotou todas as tentativas de levar o ex-presidente às urnas

atualizado

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registro candidatura Lula
1 de 1 registro candidatura Lula - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

A decisão de substituir o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula Silva pelo do ex-prefeito Fernando Haddad, na chapa que concorre ao Palácio do Planalto, já foi tomada pelo PT, no entanto, só será anunciada pelo partido após esgotarem todas as possibilidades na Justiça Eleitoral, ou mesmo, junto ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Com isso, a estratégia do PT é não desvalorizar a figura de seu maior líder, preso em Curitiba desde abril deste ano, e tomar uma decisão motivada pelas circunstâncias impostas pela Justiça e não por vontade própria. Um dirigente petista disse que a “decisão” terá que ser tomada “por quem tem a autoridade de tomá-la”, ou seja, seguir a batuta de Lula.

A hora esperada para o anúncio é nesta terça-feira (11/9), prazo limite estabelecido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Integrantes da Executiva do partido já estão em Curitiba para a reunião que validará o nome de Haddad como cabeça de chapa, tendo a ex-deputada Manuela D’Ávila (PCdoB) como vice.

O PT não quer passar a ideia de que está simplesmente fazendo uma troca. Adotará o discurso de que Lula está nomeando Haddad a fazer campanha em seu nome, por estar impossibilitado pela Justiça, que não respeito seus direitos políticos, apesar das recomendações internacionais. Para a passagem do bastão, uma carta redigida por Lula será lida e divulgada, ungindo Haddad e Manuela como candidatos do PT.

Lula está preso devido à sua condenação, em 2ª instância, pela Operação Lava Jato, no processo que trata da propriedade do apartamento no Guarujá, litoral de São Paulo.

A decisão do PT ocorre depois de vários revezes na Justiça com o objetivo de invalidar a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que negou o registro de candidatura de Lula, contrariando recomendação do Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU).

Neste domingo (9/9), a presidente do TSE, ministra Rosa Weber, rejeitou pedido da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para ampliar o prazo para a troca do nome, que vence na terça (11). Além disso, o ministro Luís Roberto Barroso, já havia determinado que a coligação “O Povo Feliz de Novo” (PT/PCdoB/Pros) não apresentasse Lula na condição de candidato, limitando a participação do ex-presidente “em qualquer meio ou peça de propaganda eleitoral”.

Nesta segunda-feira, os advogados do ex-presidente anunciaram a existência de uma nova manifestação do Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas, em favor da candidatura de Lula à Presidência da República, barrada pelo TSE. Esta decisão, de acordo com a defesa, será encaminhada ao STF para reforçar a argumentação de pedidos do petistas que ainda pendem de decisão.

Além destes recursos, os advogados de Lula ainda apresentaram no STF, nesta segunda, mais um pedido para que o prazo de substituição do candidato na chapa petista seja ampliado para o próximo dia 17, regra que, de acordo com a Justiça Eleitoral, vale para todas as demais coligações.Este recurso está sob relatoria do ministro Celso de Mello.

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