PT quer foto de um “mar de Lulas” em frente ao TSE
Só para as marchas de trabalhadores rurais que chegam a Brasília nesta terça (14/8), o partido mandou confeccionar cinco mil máscaras
atualizado
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A foto que o PT pretende obter para usar na corrida ao Palácio do Planalto é de um mar de pessoas com máscaras de Luiz Inácio Lula da Silva reunidas no momento do registro da candidatura do ex-presidente, marcado para esta quarta-feira (15/8), no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Só para as marchas de trabalhadores que chegaram à área central de Brasília na manhã desta terça-feira (14), o partido mandou confeccionar cinco mil máscaras, iguais às usadas no Encontro Nacional da legenda, ocorrido em São Paulo, no início de agosto.
De acordo com um dirigente da sigla, o que se pretende é mostrar um “mar de Lulas” pedindo autorização para que o ex-presidente petista dispute a Presidência da República nas eleições de outubro.
Muitas foram usadas pelos representantes do Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e do Movimento de Pequenos Agricultores (MPA) que se encontraram no gramado em frente à Torre de TV, na manhã desta terça (14), onde realizaram um ato pró-Lula.
Segundo os organizadores, aproximadamente cinco mil pessoas participaram do ato. A Polícia Militar, no entanto, evitou divulgar estimativa.
No protesto, 40 crianças do MST se posicionaram à frente de cada marcha, que saiu de pontos diferentes do Distrito Federal. Os discursos duraram cerca de 20 minutos.
Conforme informou Alexandre Conceição, coordenador nacional do MST, cada marcha fez um longo percurso. “Começamos a caminhada para Brasília dia 11 [de agosto]. Foram mais de 60 quilômetros percorridos até aqui. Há mais de 40 crianças neste ato. Amanhã [15 de agosto], nos concentraremos aqui às 12h e sairemos rumo ao TSE para levar a inscrição do Lula nos braços do povo”, pontuou.
“O povo organizado levará a inscrição do seu candidato. Nossa marcha é Lula livre para exigir a liberdade de Lula”, destacou Conceição. Segundo informou o coordenador, os integrantes do movimento que estão em greve de fome devem continuar até que o Supremo Tribunal Federal (STF) se pronuncie sobre a liberdade de Lula”.
Uma das coordenadoras nacionais do movimento, Antônia Ivoneide da Silva enfatizou que Lula deve disputar as eleições porque, dessa forma, será julgado pelo povo. Para ela, o Judiciário transformou o ex-presidente em um “preso político”.
“Nos reunimos aqui para reivindicar os direitos dos trabalhadores que estão sendo tirados por causa desse golpe e queremos registrar amanhã [15 de agosto], no ato principal, a candidatura de Lula a presidente. Ele tem de ser julgado pelo povo e não por esse Judiciário que o transformou em preso político”, declarou Antônia, durante o ato.
Trânsito
Durante o encontro das colunas, o trânsito no Eixo Monumental, tanto na parte norte quanto na sul, ficou mais lento, mas não chegou a parar. A polícia deixou duas faixas liberadas de cada lado para o tráfego de veículos.
Mais cedo, no entanto, longos congestionamentos foram registrados nas principais vias da cidade. Nas estradas Parque Indústria e Abastecimento Norte (Epia), Indústria e Abastecimento Sul (Epia) e Aeroporto (Epar) houve registro de 26 quilômetros de engarrafamento.
Devido à circulação dos manifestantes, as faixas exclusivas foram liberadas até as 23h59 desta terça-feira (14), exceto a do BRT.
Os militantes partiram de três pontos diferentes – Formosa (GO), Luziânia (GO) e Engenho das Lages (área rural do DF) – e cada uma das colunas percorreu entre 50km e 90km.