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PT promove congresso para exaltar os 13 anos no Palácio do Planalto

Partido está reunido na capital do país desde esta quinta (1°) até sábado para exaltar feitos da gestão petista à frente do Planalto

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O presidente Lula e Dilma Rousseff
1 de 1 O presidente Lula e Dilma Rousseff - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

O PT abriu, na noite desta quinta-feira (1º/6), o 6º Congresso Nacional do partidos, em Brasília. As estrelas do encontro são os dois petistas que ocuparam a Presidência da República — Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. No evento, que vai até sábado (3), a sigla fará um balanço sobre os 13 anos em que comandou o Palácio do Planalto. A ideia é enumerar os acertos das gestões e minimizar os erros que mergulharam os dois governos em escândalos de corrupção, culminando com o impeachment de Dilma.

Lula aproveitou o evento para rebater as acusações do empresário Joesley Batista, dono da JBS, contra ele e a ex-presidente Dilma Rousseff. Ao citar informações delatadas pelo empresário, de que a empresa teria criado uma conta bancária para abastecer as campanhas petistas à Presidência, Lula chamou Batista de “canalha” e ironizou a denúncia.

“Não quero que vocês se preocupem com meu problema pessoal”, disse, sem se referir diretamente às acusações na Justiça. “Eu provei minha inocência e vou exigir que eles provem minha culpa. Vai chegar o dia em que estaremos assistindo TV e vão pedir desculpas ao PT por tudo. Um canalha de um empresário disse que fez uma conta para mim e outra para Dilma, mas a conta está no nome dele e é ele quem mexia na conta”, afirmou, arrancando gargalhadas dos presentes.

O ex-presidente defendeu que a sigla necessita “radicalizar” politicamente e falar “para fora de casa”, para mulheres, negros, quilombolas e indígenas. “Eles estão destruindo tudo que conquistamos, eles querem a volta do trabalho escravo no nosso País. O PT tem que radicalizar em defesa da liberdade”, disse.

 

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Ao falar sobre a necessidade do PT de tocar os “corações” de milhões de brasileiros, Lula citou como exemplo os protestos de junho de 2013. O ex-presidente admitiu que ele e o partido não entenderam, até agora, as manifestações que tomaram conta do País há quatro anos. “Tentamos achar a resposta mais fácil”, disse, ao citar políticas de incentivo ao consumo para as classes mais baixas.

O petista aproveito para cutucar o rival Aécio Neves, senador do PSDB afastado das funções por denúncias de corrupção. “Aécio plantou vento e colheu tempestade.”

Pauta do encontro
Entre os participantes há mais de 600 políticos de todo o Brasil, entre eles, governadores, senadores, deputados, prefeitos, vice-prefeitos e vereadores, além de convidados internacionais. Nas pautas defendidas durante a conferência, estão a reforma do Judiciário e a convocação de uma Assembleia Constituinte para revogar o que o partido chama de “medidas antipopulares” do presidente Michel Temer. A legenda quer criar condições para uma “reforma geral das instituições”.

Outro objetivo do encontro é a publicação de uma resolução com o balanço dos 13 anos de governo, nos quais o PT esteve à frente da Presidência da República. O partido minimiza as denúncias de corrupção contra a sigla e alguns de seus integrantes, e culpa a política econômica adotada no início do segundo mandato de Dilma Rousseff pela crise que levou ao impeachment da presidente.

Segundo o texto, as medidas de austeridade adotadas por Dilma no início de 2015 criaram a sensação de um “estelionato eleitoral” em comparação com o discurso de campanha do ano anterior, quando a petista prometeu não mexer em direitos trabalhistas. Na ocasião, ela usou a expressão “nem que a vaca tussa”.

“O ajuste fiscal, além de intensificar a tendência recessiva, gerou confusão e desânimo na base social petista: entre trabalhadores, juventude e intelectualidade progressista disseminou-se a sensação, estimulada pelos monopólios de comunicação, de estelionato eleitoral”, diz o texto ainda sujeito a emendas e alterações até sábado (3), quando termina o encontro.

Lava Jato
O texto do balanço praticamente ignora as denúncias de corrupção na Petrobras reveladas pela Operação Lava Jato e resume o tema à conclusão de que é “indispensável superar a adaptação do partido ao modus vivendi da política tradicional do Brasil”.

O balanço petista cita a Lava Jato apenas quando questiona o “republicanismo” com o qual os governos do partido trataram as nomeações para o Supremo Tribunal Federal, a Procuradoria-Geral da República e a Polícia Federal.

De acordo com o documento, alguns setores do PT avaliam que, sem esse “republicanismo”, a Lava Jato e a Ação Penal 470, que julgou o mensalão, não teriam prosperado e instalado uma “justiça de exceção” contra o Partido dos Trabalhadores. (Com informações da Agência Estado)

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