PT organiza visita de Pepe Mujica a Lula em Curitiba
Segundo a presidente nacional do partigo, Gleisi Hoffmann, a intenção é convidar outros líderes mundiais à capital paranaense
atualizado
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Enviada especial a Curitiba (PR) – A presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), informou nesta segunda-feira (9/4) que lideranças da legenda organizam uma visita do ex-presidente uruguaio Pepe Mujica a Luiz Inácio Lula da Silva (PT), detido em Curitiba desde o último sábado (7). O anúncio foi feito minutos após o início da reunião da executiva do partido, convocada para discutir a estratégia a ser adotada pela sigla após a prisão do líder petista.
Lula está preso desde a noite de sábado (7), quando se entregou à Polícia Federal para começar a cumprir a pena de 12 anos e 1 mês de reclusão, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no caso do triplex do Guarujá (SP).
Segundo Gleisi, a intenção é que, além de Mujica, outros líderes mundiais sejam convidados a Curitiba. Não foram divulgados, porém, outros nomes além do ex-presidente do Uruguai. Atualmente, Lula está submetido ao esquema regular de visitação da Polícia Federal: apenas advogados e, uma vez por semana, familiares podem encontrá-lo.
A defesa de Lula e algumas lideranças petistas articulam com o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, a liberação de visitas de parlamentares e outros políticos ao ex-presidente. Um grupo de governadores de estados do Nordeste agendou para esta terça (10) ida a Curitiba.Mujica foi um dos líderes sul-americanos que criticou a prisão de Lula. Em texto publicado no jornal El País, o ex-presidente uruguaio afirmou estar ao lado do petista “nas lutas do povo humilde do Brasil”. “Querido Lula, as classes sociais existem e as dominadoras não suportam que os subjugados disputem o poder. Sei que a luta continua e continuará apesar dos juízes e da mídia. Te acompanhamos nas lutas do povo humilde do Brasil. Contigo sempre, Pepe”, escreveu.
Em entrevista a uma rádio de seu país, Mujica defendeu que Lula “não está mentindo” e apontou o que classificou como “contradições dentro do Judiciário” brasileiro.