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PT e PDT reafirmam apoio a Pacheco no Senado. Cálculo inclui frente em MG em 2022

Saída dos partidos foi ventilada após ruptura entre DEM e Rodrigo Maia. Acordo incluiria frente para eleger Alexandre Kalil governador de M

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Rodrigo Pacheco_Leopoldo Silva-Agência Senado
1 de 1 Rodrigo Pacheco_Leopoldo Silva-Agência Senado - Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado

O PT e o PDT reafirmaram, nesta segunda-feira (1°/2), que permanecerão no bloco de apoio à candidatura de Rodrigo Pacheco (DEM-MG) à presidência do Senado Federal. A saída das siglas do bloco de apoio ao senador mineiro foi ventilada diante da instabilidade política provocada pela ruptura entre o DEM e Rodrigo Maia, no âmbito das eleições da Câmara dos Deputados.

No último domingo (31/1), lideranças dos dois partidos ameaçaram sair do bloco de Pacheco. Houve, no entanto, um entendimento de que abandonar a candidatura do senador, que é tido como favorito ao pleito, não seria a melhor decisão neste momento. Na avaliação de PT e PDT, a ruptura com o DEM na Câmara não interfere no Senado.

Fontes do PT afirmaram ao Metrópoles que o partido está articulando uma possível aliança com Pacheco em Minas Gerais, com vistas às eleições de 2022. Da conversa, pode surgir um embrião para uma frente em torno do nome do atual prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD-MG), ao governo do estado.

O PT estaria nessa frente. O apoio a Pacheco neste instante abriria o caminho para Kalil ao Palácio da Liberdade.

Instabilidade e impeachment

Irritado com a decisão do DEM de deixar o bloco de apoio a Baleia Rossi (MDB-SP), o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou a aliados no domingo (31/1) que pode acatar um dos pedidos de impeachment de Jair Bolsonaro (sem partido).

Segundo três pessoas próximas ao democrata, Maia afirmou que tem em mãos um parecer jurídico favorável ao processo, que pode ser usado por ele para embasar eventual decisão nesse sentido.

Baleia disputa nesta segunda-feira (1º/2) a eleição para a presidência da Câmara contra Arthur Lira (PP-AL), líder do Centrão – apoiado por Bolsonaro. Portanto, é o último dia de Maia no comando da Casa.

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Jair Bolsonaro e Rodrigo Maia
Jair Bolsonaro e Rodrigo Maia
Bolsonaro e Rodrigo Maia no Palácio da Alvorada
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Presidentes da República e da Câmara

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Em conversa na residência oficial do presidente da Câmara, Maia chegou a dizer inclusive que instalaria, nesta segunda, comissão que avaliaria o prosseguimento (ou não) do processo de afastamento de Bolsonaro, com base em um dos pedidos protocolados até agora.

Cabe ao presidente da Câmara decidir, de forma monocrática, se há elementos jurídicos para dar sequência à tramitação do pedido. O impeachment só é autorizado a ser aberto com aval de pelo menos dois terços dos deputados (342 de 513), depois de votação em uma comissão especial.

Após a abertura, o presidente é afastado do cargo mediante decisão do Senado.

Pressão

A oposição, que compõe o bloco de Baleia Rossi, começou a pressionar, com ainda mais força, a favor do impeachment, depois que o DEM anunciou que ficará isento na disputa, o que deve garantir mais votos para Lira.

A decisão foi comunicada na noite de domingo pelo próprio ACM Neto, que indicou que não tinha como garantir que a sigla apoiasse o emedebista. Segundo relatos, nesse momento Maia levantou-se, afirmou que entraria na Justiça, caso a sigla fosse para o grupo de Lira, e pontuou que Neto deveria se lembrar de que ele ainda tinha um dia inteiro de poder.

Ainda na reunião, líderes de partidos como PT e PDT ameaçaram sair do bloco que apoia Rodrigo Pacheco (DEM-MG) como candidato à presidência do Senado.

Apesar da ameaça, alguns deputados avaliam que Maia não poderia pautar o impeachment, porque a sessão de votação desta segunda é preparatória, e não ordinária.

 

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