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PT descarta apoiar Maia, quer lugar na Mesa e será “generoso” com PDT

O partido decidiu buscar a formação de um bloco parlamentar com PDT, PSB, PSol e PCdoB. Nome de candidato apoiado sairá só no dia 31

atualizado

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Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados
José Guimarães
1 de 1 José Guimarães - Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados

O PT descartou aliança com qualquer candidato à presidência da Câmara que tenha ligação com o PSL, legenda do chefe do Palácio do Planalto, Jair Bolsonaro. A decisão inclui o atual presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que recebeu apoio formal da sigla governista no início deste mês. “Não há como caminhar com uma candidatura apoiada pelo PSL. Somos oposição”, disse o deputado José Guimarães, nesta terça-feira (15/1).

O partido fez a maior bancada na Câmara e quer garantir lugar na Mesa Diretora da Casa. Desde a ascensão do deputado Eduardo Cunha (MDB-RJ) à presidência da Câmara, o PT está fora das decisões da casa, sem lugar na direção. Agora, a legenda não descarta, inclusive, ceder vaga ao PDT. A medida teria como objetivo formar um bloco parlamentar de oposição, reunindo seis siglas: PT, PDT, PSB, PCdoB e PSol.

Até o dia 31 de janeiro, quando a legenda do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende se reunir para decidir o apoio formal a um candidato, a prioridade é a busca pelos partidos, principalmente pelo PDT, de Ciro Gomes, que tomou a frente na articulação de um grupo oposicionista, sem o PT, a partir do Senado.

Segundo Guimarães, a palavra de ordem com o PDT é “generosidade”. “Até o final deste mês, nossa prioridade é buscar a formação do bloco. Apoio a qualquer candidato só será decidido no dia 31 de janeiro. Vamos ser generosos com o PDT”, disse Guimarães, que deve buscar diálogo com os irmãos Cid e Ciro Gomes nesta semana e com demais lideranças trabalhistas, como o deputado federal André Figueiredo e o presidente do partido, Carlos Lupi.

O líder do PT, deputado Paulo Pimenta, reforçou a ideia de priorizar a busca pelo grupo. “Nossa prioridade continua sendo a formação de um bloco do campo democrático popular. Esse diálogo está avançando com o PSB e o PSol e esperamos que o PCdoB e o PDT façam parte também. A partir daí, vamos negociar com as candidaturas à presidência”, destacou.

Para ter o apoio do PT, informou Pimenta, o candidato deve assumir dois compromissos: garantir a autonomia do Legislativo e assegurar a independência em relação ao governo.

A eleição para a presidência da Câmara e demais cargos da Mesa Diretora está marcada para o dia 1º de fevereiro, após a posse dos parlamentares da nova legislatura.

Busca pode ser tardia
O PT corre contra o tempo, mas a busca pelo PDT e demais legendas pode ser tardia diante das aproximações já desenhadas no cenário político.

No fim de semana, o PDT optou por uma posição mais pragmática de apoio a Maia, que, no entender dos trabalhistas, já reúne forças suficientes para se reeleger. No sábado (12), o apoio a Maia foi decidido por maioria da legenda, reunida no Rio de Janeiro.

O PDT também busca uma formação de bloco, mas somente com o PSB, o PCdoB e o PPL. Dirigentes das siglas devem se reunir nesta terça (15) para tomar uma posição.

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