PT começa a discutir nesta quinta em Curitiba plano de governo de Lula
Legenda fará encontro para debater “medidas emergenciais para a superação da crise e geração de empregos” a serem apresentadas por candidato
atualizado
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Insistindo na manutenção da pré-candidatura à Presidência da República do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado em segunda instância e preso em Curitiba (PR) desde 7 de abril, o PT vai começar nesta quinta-feira (3/5) a discutir publicamente o plano de governo do petista.
O partido organizou um debate sobre as medidas econômicas do plano para as 16h desta quinta (3), no local onde os manifestantes pró-Lula se reúnem diariamente, em frente ao prédio da Polícia Federal, na capital paranaense. O ex-presidente está preso em uma sala especial da Superintendência Regional da PF, em Curitiba, onde deu início ao cumprimento da pena de 12 anos e 1 mês de reclusão, por corrupção e lavagem de dinheiro, no caso do triplex do Guarujá (SP).
Na última terça (1º), a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), leu uma carta escrita pelo ex-presidente, na qual ele fala sobre “tempos da prosperidade” durante sua gestão no governo federal e critica o mandato de Michel Temer.
Haddad coordena
O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, que coordena o plano de governo de Lula, esteve em Curitiba no último dia 24 e anunciou que o partido iria começar as discussões públicas sobre o programa da sigla.
Apontado como uma possibilidade do PT para eventualmente substituir Lula na corrida ao Planalto – uma vez que o ex-presidente tornou-se inelegível, conforme as regras da Lei da Ficha Limpa, ao ser condenado em segunda instância –, Haddad chegou a conversar com o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), também pré-candidato à Presidência, sobre propostas para o país. O diálogo entre os dois suscitou especulações sobre uma eventual dobradinha para as eleições.
O PT deve realizar outros debates públicos até o dia 28 de julho, quando ocorre o encontro nacional da legenda. Na ocasião, o partido realizará convenção e oficializará o nome de Lula como candidato à Presidência da República, conforme afirmou nesta quarta o líder do PT na Câmara, deputado federal Paulo Pimenta (RS).
A estratégia ainda é registrar a candidatura do ex-presidente no dia 15 de agosto, mesmo com a condenação do petista em segunda instância. Assim, caberia ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a partir de provocação de outras siglas e candidatos, decidir se impugna ou mantém a inscrição do petista à disputa.