PT avalia entrar na Justiça para manter o Bolsa Família, diz Gleisi
Presidente do partido, Gleisi Hoffmann destacou que, em novembro, 25 milhões de pessoas não terão nenhuma renda
atualizado
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A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), afirmou, nesta quarta-feira (17/11), que o partido avalia entrar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal (STF) para manter o Bolsa Família, que chega ao fim depois de 18 anos por decisão do governo Jair Bolsonaro.
O Auxílio Brasil começou a ser pago nesta quarta, envolto em dúvidas quanto ao número total de beneficiados e das fontes de recursos. Em novembro, cerca de R$ 14 milhões de pessoas receberão em torno de R$ 200.
“Estamos estudando uma medida judicial para salvar o Bolsa Família, para que tenhamos um programa estruturado. Porque achamos que isso que eles estão fazendo não dará certo. E para socorrer o povo brasileiro, queremos que as pessoas saiam dessa situação crítica em que está vivendo”, disse Gleisi.
A parlamentar, todavia, destacou que o partido ainda avalia as medidas a serem tomadas, o que deve estar pronto na próxima semana.
“Em novembro, vamos ter 25 milhões de pessoas que não terão nenhuma renda. Como essas pessoas vão sobreviver? E os que vão receber, receberão em média R$ 200, e não os R$ 400 prometidos por Bolsonaro. Isso mostra o caráter eleitoreiro deste governo”, acrescentou a petista.
O líder do PT na Câmara, Bohn Gass, destacou que, dos 39,3 milhões de beneficiários do Bolsa Família, apenas R$ 14,5 milhões de pessoas receberão o novo programa. “Significa que estão fora deste programa, a partir de hoje, 24,8 milhões de beneficiários do programa de renda mínima necessário”, disse.
O Bolsa Família é um dos maiores símbolos da gestão do PT. O programa de distribuição de renda criado sob o governo Lula, em 2004, ajudou a reduzir a extrema pobreza no país. Entretanto, a partir desta quarta, o governo passa a pagar o Auxílio Brasil.