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PSol vai ao Conselho de Ética contra Ricardo Barros por caso Covaxin

Partido acusa o líder do governo de quebra de decoro ao supostamente atuar como intermediador político na negociação da vacina indiana

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles – 11 de novembro de 2020
Ricardo Barros, líder do governo na Câmara
1 de 1 Ricardo Barros, líder do governo na Câmara - Foto: Igo Estrela/Metrópoles – 11 de novembro de 2020

O Psol apresentou, nesta quinta-feira (1º/7), uma representação ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados contra o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR). No entendimento do partido, Barros desonrou o seu mandato parlamentar de forma “gravíssima” ao atuar como “intermediador político de quase todas as fases de negociação da Covaxin, em defesa de interesses pessoais e/ou escusos”.

No pedido, os integrantes do partido usam o depoimento do deputado federal Luís Miranda (DEM-DF), que citou Barros como nome dito pelo presidente Jair Bolsonaro como dono do “rolo” do Ministério da Saúde envolvendo a compra de 20 milhões de doses da vacina indiana Covaxin, em um contrato superfaturado. O suposto esquema está sob investigação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), da Polícia Federal e do Ministério Público Federal.

“O deputado Miranda e seu irmão, Luís Ricardo Fernandes Miranda, servidor de carreira do Ministério da Saúde, confirmaram à CPI ter avisado Bolsonaro, há três meses, sobre suspeitas de corrupção na compra da vacina indiana Covaxin e relataram uma ‘pressão atípica’ para acelerar a importação”, relata o pedido.

“Depreende-se da atitude do deputado Ricardo Barros a prática de abuso das prerrogativas constitucionalmente asseguradas aos representantes do povo, ao fazer uso abusivo de sua posição de parlamentar líder do Governo para negociar vantagens alheios aos interesses públicos, para si próprio e para a Precisa Medicamentos, empresa intermediária da Covaxin”, destaca o pedido.

Barros nega as acusações. De acordo com a investigações, ele nomeou, enquanto ministro, a servidora Regina Célia, apontada pelo servidor do Ministério da Saúde, Luis Ricardo, como a pessoa que deu autorização para a negociação, mesmo com falhas nos invoices (fatura com dados de importação-exportação).

Confira a íntegra da representação:

PSOL protocola representação contra Ricardo Barros no Conselho de Ética by Júlia Portela on Scribd

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