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PSol pedirá cassação do mandato de Daniel Silveira

Pedido da sigla aponta o vídeo gravado pelo deputado, com ataques ao STF e à memória de Marielle Franco

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Daniel silveira
1 de 1 Daniel silveira - Foto: Reprodução/Twitter

O PSol ingressará no Conselho de Ética da Câmara com um pedido de cassação do mandato do deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), preso na noite de terça-feira (16/2), depois de divulgar vídeo em que ataca ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

O pedido é assinado por toda a bancada do partido, encabeçada pela deputada Talíria Petrone (PSol-RJ). A líder da sigla também busca o apoio das demais legendas de oposição na Câmara.

O Conselho de Ética da Câmara suspendeu suas atividades desde o ano passado, devido às restrições adotadas durante a pandemia do coronavírus. No pedido, a bancada exige a imediata convocação do colegiado, para a análise da denúncia de quebra de decoro parlamentar. A expectativa é que o Conselho de Ética retome o funcionamento a partir da próxima semana, concomitantemente às comissões permanentes da Casa.

Além do vídeo divulgado pelo parlamentar, que motivou a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, de determinar a prisão, o PSol argumenta que há um histórico de violações que teriam sido cometidas por Daniel Silveira, desde o episódio na campanha de 2018, quando ele e o deputado estadual Rodrigo Amorim (PSL-RJ) quebraram uma placa em homenagem à vereadora psolista Marielle Franco, assassinada no Rio de Janeiro, meses antes.

“Como se sabe, não foi a primeira vez que o representado se envolve em fatos de incitação à violência e discurso de ódio. Durante um ato de campanha em 2018, Daniel Silveira e o deputado estadual Rodrigo Amorim (PSL/RJ) quebraram uma placa em homenagem à vereadora Marielle Franco (PSol-RJ), executada brutalmente em 14 de março de 2018.”

O documento a ser protocolado pelo partido destaca ainda falas racistas em plenário e atitudes negacionistas de Silveira, como ser contrário ao uso de máscaras em lugares públicos.

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Outro agente entrega uma máscara para o parlamentar
Ele discute com a agente: "militante petista"
Daniel ameaça: "Se continuar, eu não boto [a máscara]"
Deputado Daniel Silveira
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Policial pede que deputado coloque a máscara de proteção facial

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Outro agente entrega uma máscara para o parlamentar

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Ele discute com a agente: "militante petista"

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Daniel ameaça: "Se continuar, eu não boto [a máscara]"

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Deputado Daniel Silveira

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Deputado Daniel Silveira chegou sorrindo à Polícia Federal no Rio de Janeiro, após ser preso

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“Em 2019, às vésperas do Dia da Consciência Negra, no plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília, o representado negou a existência do genocídio da população negra, em um discurso de cunho racista. Daniel Silveira contestou os dados do Ipea, afirmando que ele teve o ‘prazer e o desprazer’ de atuar em todas as favelas do Rio de Janeiro e que se mais negros morrem é porque ‘tem mais negros com armas, mais negros no crime e mais negros confrontando a polícia’.”

“Em outro episódio, após ser repreendido por não usar máscara em um mercado de Petrópolis, o deputado fez uma transmissão ao vivo onde afirmou que ‘as pessoas não estão mais doentes. As pessoas não adoecem com o coronavírus, na verdade, ele idiotiza. O poder do coronavírus é de idiotizar as pessoas’.”

“Como se vê, o representado extrapola de sua imunidade, rompe criminosamente os deveres que seu mandato impõe e ofende, também de maneira criminosa, o Supremo Tribunal Federal, os ministros do Supremo Tribunal Federal e a democracia brasileira, estimulando a violência e fazendo apologia ao golpe”, ressalta o pedido.

 

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