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PSol pede investigação sobre acampamento que prega “extermínio da esquerda”

O pedido foi feito ao Ministério Público Federal no DF e defende apuração sobre ameaças e agressões a jornalistas e profissionais de saúde

atualizado

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A bancada do PSol pediu ao Ministério Público Federal (MPF) que abra uma investigação em relação ao acampamento “300 do Brasil”. O objetivo é que sejam apurados crimes de ameaças contra pessoas de pensamento de esquerda, ataques a instituições – como ao Supremo Tribunal Federal e ao Congresso – e agressões a profissionais de saúde e a jornalistas, ocorridos nos últimos dias em Brasília. O partido quer que integrantes e organizadores desse grupo sejam identificados e investigados.

O pedido lista uma série de episódios ocorridos no Distrito Federal envolvendo apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. Esses incidentes ocorreram na primeira semana de maio. O requerimento também aponta vídeos, mensagens e comunicados divulgados pelos organizadores do acampamento, retratado pelo Metrópoles.

O grupo teria reunido dezenas de militantes do bolsonarismo em um alojamento com endereço desconhecido, em regime que imita organizações militares, treinando “táticas de guerra de informação”, “guerra semântica e subversão política”. As pessoas foram recrutadas pela internet e financiadas por meio de uma vaquinha virtual, que, até a noite de terça-feira (05/05), havia arrecadado R$ 57.739. O objetivo era acampar em frente ao Congresso Nacional “até a queda de Rodrigo Maia”, presidente da Câmara. Mas a Polícia Militar do DF barrou a parte mais chamativa da manifestação do grupo, batizado de “Os 300 do Brasil”.

Após semanas de preparação e treinamento, o maior ato público dos “300 do Brasil” até agora ocorreu no último domingo (03/05), na Esplanada dos Ministérios, onde os militantes participaram da manifestação feita em apoio ao presidente Jair Bolsonaro e que teve também pedidos de intervenção militar. A Polícia Militar do DF os obrigou a desmontar as dezenas de barracas que haviam armado e os proibiu de se instalar em outro lugar público do centro de Brasília.

De acordo com as postagens no grupo do Telegram (que até a noite dessa terça-feira era aberto e poderia ser encontrado na busca padrão do aplicativo), o acampamento tem um “quartel-general” em lugar só divulgado aos participantes. Lá, é possível comer, dormir e tomar banho.

Veja imagens das postagens:

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Grupo de Telegram dos 300 do Brasil
Grupo de Telegram dos 300 do Brasil
Grupo de Telegram dos 300 do Brasil
Grupo de Telegram dos 300 do Brasil
Grupo de Telegram dos 300 do Brasil
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Grupo de Telegram dos chamados "300 do Brasil"

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Grupo de Telegram dos 300 do Brasil

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Nas postagens, os avisos de que o treinamento é para uma “guerra não violenta (sem armas)” se misturam a mensagens que contradizem isso ao pedir que os acampados (recrutados em vários estados) tenham roupa preparada para treinar combate ou que dizem ser preciso ter em mente a “possibilidade de ser detido”.

Cientes de que o espaço virtual é público, os organizadores não detalham os planos ou o tipo de treinamento a que estão submetendo os acampados. Em um vídeo da manifestação desse domingo (03/05), publicado por uma das líderes dos “300”, a militante Sara Winter, os objetivos ficam mais claros.

“O acampamento acaba quando o Rodrigo Maia cair. Acaba quando todos nós, de maneira, se for preciso, coercitiva, fazermos (sic) os ministros do STF entenderem que eles não são 11 semideuses”, brada a militante.

“Quem manda no país somos nós. Daqui [da Esplanada] ninguém nos tira. Hoje, Ibaneis [Rocha, governador do DF] tentou tirar a gente e a gente peitou, porque quem manda nessa grama somos nós”, completa ela, momentos antes de o grupo ser desmobilizado pela PM.

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