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PSOL diz que procuradora que processou Jean Wyllys é de “ultradireita”

Partido afirmou que Beatriz Kicis Torrentis de Sordi é uma das administradoras do grupo Revoltados Online, que, segundo a legenda, se dedica a “difamar o parlamentar”

atualizado

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Patrícia Soransso / CDH câmara
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1 de 1 jean-wyllys - Foto: Patrícia Soransso / CDH câmara

A direção do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) criticou a decisão da 5ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT) que condenou o deputado federal Jean Wyllys (PSol-RJ) por ofensa nas redes sociais. O parlamentar terá que pagar uma indenização de R$ 40 mil após publicar um post no Facebook contra a procuradora aposentada do DF Beatriz Kicis Torrentis de Sordi.

No ano passado, Jean Wyllys postou em sua página da rede social uma provocação a integrantes do Movimento Foro de Brasília que estiveram na Câmara dos Deputados para entregar ao presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), uma representação defendendo o impeachment contra a presidente (agora afastada) Dilma Rousseff.

O deputado utilizou uma imagem em que o grupo fazia com o dedo indicador para cima o “i” de impeachment para associar as pessoas à acusação de propina que pesava sobre o Cunha e a movimentação de R$ 5 milhões feita pelo parlamentar em contas no exterior. A imagem trazia a legenda: “Levanta a mão quem quer receber uma fatia dos R$ 5 milhões”. Beatriz Kicis estava no grupo e na imagem postada.

“A postagem do deputado pela qual Kicis entrou na justiça alegando ter sido ofendida não foi direcionada a ela. Jean Wyllys sempre demonstrou seu firme posicionamento contrário em relação à atuação de Cunha e o enfrentou sem trégua, denunciando seus malfeitos e abusos de poder. Se a senhora Kicis estava na foto com ele, a culpa não é do deputado Jean Wyllys”, argumentou.

O PSOL afirmou que Kicis, além de procuradora, é uma das administradoras do grupo de ultradireita Revoltados Online. “(Grupo) que se dedica sistematicamente a difamar e caluniar o deputado Jean Wyllys e outros representantes da esquerda e lutadores pelos direitos humanos”.

No julgamento do caso, a 5ª Turma Cível considerou que a postagem com a fotografia alterada tinha uma frase pejorativa e representou “excessos nos limites” da garantia constitucional do parlamentar. O partido anunciou que irá entrar com um recurso contra a decisão.

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