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PSOL diz que “Fora Cunha” deve ser prioridade no Congresso Nacional

Partido defende que existência de contas bancárias na Suíça tornam permanência de Eduardo Cunha na presidência da Câmara “insustentável”

atualizado

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Gustavo Lima /Agência Câmara
O líder do PSOL na Câmara, Chico Alencar (RJ)
1 de 1 O líder do PSOL na Câmara, Chico Alencar (RJ) - Foto: Gustavo Lima /Agência Câmara

Em reunião realizada nesta segunda-feira (05/10) em Brasília, a Executiva Nacional do PSOL definiu como uma de suas prioridades a mobilização pela saída do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), do comando da Casa.

Na resolução divulgada, a sigla diz que é preciso “aprofundar, no âmbito do Congresso Nacional, a luta pelo ‘Fora Cunha’ e em favor da punição de todos os corruptos e corruptores, incluindo os empresários vinculados ao escândalo da Petrobrás”.

De acordo com o PSOL, “fecha-se o cerco sobre o presidente da Câmara dos Deputados”, uma vez que “denúncias recentes atestam a veracidade dos depoimentos de operadores do esquema da Petrobrás, segundo os quais Eduardo Cunha foi o beneficiário de recursos desviados da estatal”.

A confirmação da existência de contas do presidente da Câmara dos Deputados em bancos na Suíça torna insustentável a permanência de Cunha na função de principal mandatário do parlamento brasileiro

Resolução aprovada pela Executiva Nacional do PSOL, em 5/10
Valter Campanato/Agência Brasil
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ)

Na última semana, Cunha disse estar sendo vítima de uma “divulgação seletiva” e afirmou que a série de escândalos “foi patrocinada pelo PT e seu governo”. “Refutamos a tentativa contínua de transformar o presidente da Câmara no principal foco da investigação”, dizia o texto, assinado pela assessoria de Imprensa de Cunha.

Dança das cadeiras
A resolução do PSOL critica ainda a reforma ministerial anunciada pela presidente Dilma Rousseff, chamada pelo partido de “dança das cadeiras”. Segundo o partido, a reforma “aprofundou o caráter fisiológico de sua aliança com o PMDB” e fundiu “secretarias essenciais para o desenvolvimento de políticas públicas como àquelas voltadas aos negros e negras, mulheres, juventude e população LGBT”.

O partido reforça, entretanto, que apesar de fazer uma “radical oposição” ao governo federal “não compactuará com saídas golpistas como aquelas propostas por tucanos e seus aliados”. A sigla defende, em vez disso, que a esquerda brasileira se organize para “a construção e o fortalecimento da frente ‘Povo sem Medo'”.

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