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PSL critica Bolsonaro por divulgar ato: “Ataque à democracia”

Antiga sigla do presidente Jair Bolsonaro disse repudiar a atitude do mandatário, que compartilhou vídeo em favor de manifestação

atualizado

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O Partido Social Liberal (PSL), antiga sigla do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), criticou a atitude do capitão da reserva, que compartilhou vídeo sobre as manifestações marcadas para o próximo dia 15 em defesa do governo.

Em nota divulgada nas redes sociais, o partido afirmou que Bolsonaro “ataca” a democracia ao convocar pessoas para um evento que, entre os organizadores, tem pessoas que pregam o fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF).

O PSL avaliou ainda que parlamentares, eleitos pelo voto popular, “precisam se erguer contra tramas autoritárias”.

“Quem convoca para a manifestação ainda usa indevidamente a imagem das Forças Armadas, uma força de Estado, não de governo”, escreveu o partido, destacando que há fotos de generais, como o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) e o ministro Augusto Heleno (GSI), em panfletos de convocação.

Ainda segundo a nota divulgada pelo PSL, Bolsonaro “abusa de um comportamento recorrente: em vez de debater assuntos urgentes à população e costurar o apoio às reformas, gasta energia com tentativas de desqualificar o Parlamento e o Supremo Tribunal Federal [STF].”

O texto foi divulgado no final da manhã desta quarta-feira (26/02/2020) em uma rede social. Veja a íntegra da nota no final desta matéria.

Entenda
O presidente Jair Bolsonaro tem compartilhado, desde antes do Carnaval — como revelou o Metrópoles —, vídeo que convoca a população para um protesto contra o Congresso Nacional.

O movimento foi incentivado após reclamação do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, sobre uma suposta “chantagem” do Congresso em relação ao governo.

O evento, marcado para o próximo dia 15, recebeu adesão de parlamentares bolsonaristas, como a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP).

“Cunho pessoal”
Bolsonaro foi às redes sociais na manhã desta quarta-feira (26/02/2020) para explicar o compartilhamento do vídeo. Segundo ele, foi destinado a amigos e as mensagens eram de “cunho pessoal”.

O presidente tentou minimizar a atitude diante das várias críticas ao comparar o alcance de uma mensagem no WhatsApp e no Twitter, por exemplo.

“Tenho 35 milhões de seguidores em minhas mídias sociais, com notícias não divulgadas por parte da imprensa tradicional. No WhatsApp, algumas dezenas de amigos onde trocamos mensagens de cunho pessoal. Qualquer ilação fora desse contexto são tentativas rasteiras de tumultuar a República”, contemporizou.

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