PSDB: chamar impeachment de Dilma de “golpe” é “discurso extremista”
PSDB usou as redes sociais para atacar institucionalização do termo “golpe” pelo novo governo em publicação do site oficial do Executivo
atualizado
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O PSDB, por meio das redes sociais, criticou, nesta quarta-feira (18/1), o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por chamar de “golpe” o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). A polêmica se deve à publicação feita pela atual gestão do Executivo em site oficial, onde endossa a narrativa defendida pelo PT.
Segundo o PSDB, a institucionalização do “golpe” sofrido pela ex-presidente configura um “discurso extremista”.
“Quem chama o impeachment de Dilma de golpe ataca a democracia no Brasil, o Congresso e o STF. É um discurso extremista”, manifestou-se o partido nas redes sociais.
A utilização do termo “golpe” ocorreu em publicação da EBC, anunciando a nova presidência da empresa pública federal, que será ocupada pela jornalista Kariane Costa.
“Também foram indicadas para o processo de transição na EBC outras quatro mulheres que assumirão cargos de gestão: Juliana Cézar Nunes, trabalhadora concursada da EBC; Rita Freire, presidente do Conselho Curador da EBC cassado após o ‘golpe de 2016’; e as jornalistas Nicole Briones e Flávia Filipini”, diz a publicação.
Vitória política
No fim do ano passado, a Comissão Mista de Orçamento (CMO) aprovou, com ressalvas, as contas presidenciais de Dilma, que foi deposta ao ser acusada de cometer “pedaladas fiscais”.
O resultado na CMO configurou vitória importante para a ex-presidente, uma vez que extingue o risco de perda de direitos políticos, que impediria a petista de concorrer a cargos eletivos.