“PSDB apoia e sustentará o governo”, diz ministro Aloysio Nunes
Chefe das Relações Exteriores também afirmou que há clima político no Brasil para aprovar as mudanças em andamento
atualizado
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O ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes (PSDB), afirmou nesta quinta-feira (1º/6), em Washington, nos Estados Unidos, que seu partido está no governo e tem consciência de seus compromissos. Entre eles, apoiar as reformas em curso. “[O PSDB], na sua linha dominante, é um partido que está no governo, que apoia o governo e que sustentará o governo”, disse.
Nunes também afirmou que há clima político no Brasil para aprovar as mudanças em andamento: “o presidente Temer, mais do que ninguém, tem hoje condições de angariar maioria parlamentar para aprovar as reformas”.
Mais cedo, ele se reuniu com o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, que também reiterou que as instituições no Brasil estão funcionando e que os poderes continuam mantendo sua independência.
“Para mim, não me preocupa quando casos de corrupção são julgados. Isso é bom, e é assim que deve ser feito em todos os países. Me preocupa quando os casos de corrupção não são julgados. A Venezuela é o país mais corrupto do continente e é um dos dez países mais corruptos do mundo e não há um só caso julgado de corrupção no sistema político venezuelano”, afirmou Almagro.
O ministro Aloysio Nunes apresentou ao secretário-geral da OEA a possibilidade de que uma missão da organização acompanhe as próximas eleições no Brasil. “Para nós, brasileiros, é uma ocasião a mais de aperfeiçoar aquilo que tem que ser aperfeiçoado e submeter o nosso processo de apuração de votos e de organização das eleições ao escrutínio internacional”, afirmou.
Política externa
Nunes também comentou sobre uma matéria publicada nesta quinta-feira pelo jornal Folha de S. Paulo e que divulga um estudo que seria publicado hoje pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República e que critica a política externa brasileira, desde o governo Fernando Henrique Cardoso, passando pelos governos Lula e Dilma até o atual governo.
“Evidentemente esse é um estudo de responsabilidade das pessoas que escreveram. A própria apresentação do texto, feita pelo ministro Moreira Franco, diz que [o estudo] não corresponde a uma posição do governo brasileiro” afirmou Aloysio Nunes.
Ele disse que acredita em um equívoco da avaliação e apontou como um dos principais pontos da política externa do governo Temer a mudança de posição com relação aos países do continente americano.O ministro das Relações Exteriores também comentou a carta divulgada hoje nas redes sociais por funcionários do Itamaraty e que manifesta preocupação com a política brasileira. “Eu acho que a manifestação de funcionários públicos é uma manifestação livre, são cidadãos brasileiros, dizem o que pensam. Eu não faço caça às bruxas no Itamaraty e não farei” afirmou.