PSD poderá rever apoio a Alckmin caso Temer seja candidato à reeleição
Presidente da legenda, Gilberto Kassab afirma que nome do presidente da República na disputa faria partido rediscutir apoios
atualizado
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O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, afirmou nesta segunda-feira (26/2) que a candidatura do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), à Presidência da República tem “preferência amplamente majoritária” no PSD, partido que comanda, mas esse apoio poderá ser rediscutido caso o presidente Michel Temer decida disputar reeleição.
A preferência do PSD por Alckmin tem uma razão: o partido fechou acordo com o PSDB em São Paulo para indicar o candidato a vice-governador do Estado na chapa majoritária que será encabeçada por um tucano. O nome mais cotado para ser o candidato a vice é o do próprio Kassab. Em troca da vaga de vice, a legenda do ministro das Comunicações se comprometeu a apoiar o PSDB na disputa pela Presidência.“Consultas às lideranças nacionais me levam a crer que, se o PSD não tiver candidatura própria, a preferência amplamente majoritária é pela candidatura do governador Geraldo Alckmin. O PSD tem como premissa que o presidente Michel Temer não será candidato, pois é evidente que, sua candidatura existindo, seu nome seria imediatamente incluído nas discussões do partido”, disse Kassab.
Em outra frente, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD), é considerado o pré-candidato oficial do PSD ao Palácio do Planalto, mas o partido irá avaliar nos próximos dias se o melhor cenário será continuar na disputa ou se aliar a alguma outra legenda na disputa pelo Palácio do Planalto.
“O PSD tem um esforço no plano federal para que possamos ter no centro um único candidato, e como qualquer partido queremos que ele seja do nosso partido. Nós temos um excelente presidenciável, que é o ministro Meirelles”, afirmou Kassab, que esteve na sede da Prefeitura de São Paulo para assinar o protocolo de interesse do município em participar do programa federal Internet Para Todos.
“No momento certo, o ministro ou o partido vai definir se o nosso candidato, pelas circunstâncias, não por suas qualidades, é adequado para disputar as eleições, ou se iremos partir para uma coligação. Vamos aguardar mais alguns dias.”
As declarações ocorrem após Meirelles indicar que poderá deixar o PSD caso o partido não dê abrigo à sua pretensão presidencial. Mais cedo, em entrevista a uma radio de Porto Alegre, o ministro afirmou que há convites de outros partidos caso a sua sigla, o PSD, decida embarcar no projeto tucano. Na entrevista à Rádio Bandeirantes de Porto Alegre, Meirelles disse que tem conversas “amigáveis e leais” com o PSD.