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PSC garante vaga para Bonifácio de Andrada permanecer na CCJ

Parlamentar continuará suplente na comissão e manterá relatoria da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer

atualizado

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Alexssandro Loyola/PSDB Na Câmara
Bonifácio de Andrada
1 de 1 Bonifácio de Andrada - Foto: Alexssandro Loyola/PSDB Na Câmara

O PSC cederá uma vaga para que o tucano Bonifácio de Andrada (MG) continue na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e à frente da relatoria da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer. Nesta quinta (5/10), a cúpula do PSDB decidiu destituí-lo da suplência do partido na CCJ, uma vez que ele não concordou com a condição imposta pela sigla para sua permanência no colegiado: abrir mão da relatoria da peça na qual a Procuradoria-Geral da República acusa Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência) de obstrução da justiça e organização criminosa. 

Após a cúpula tucana anunciar ter decidido pela destituição de Bonifácio de Andrada, o decano da Câmara foi acolhido pelo PCS. Em ofício encaminhado ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), nesta tarde, o líder dos socialistas cristãos, deputado Victório Galli (MT), indica Andrada para integrar, como suplente, a vaga do PSC na CCJ. Ele substituirá o deputado Pastor Feliciano (SP). A titularidade do partido na comissão segue com o líder do governo no Congresso, deputado André Moura (SE).

A cessão já foi recebida e deferida por Rodrigo Maia. Abaixo, os documentos que formalizam a indicação do parlamentar à vaga do PSC:

Ofício Líder 102/2017 by Metropoles on Scribd


Pela regra, os partidos podem ceder vagas nas comissões da Casa a outras bancadas. Geralmente, as legendas fazem acordo para ter mais espaço nas comissões onde seus representantes têm atuação política maior.

Mais cedo, o vice-líder do governo na Câmara, Beto Mansur (PRB-SP), lamentou a destituição de Bonifácio de Andrada. O governista afirmou que havia “zero” chance de o tucano ser substituído na relatoria da segunda denúncia porque vários partidos da base aliada estariam dispostos a oferecer lugar para o parlamentar mineiro. “Ele vai poder relatar na vaga de outro partido”, disse. Mansur ainda afirmou que estava disposto a ceder a própria vaga de titular no colegiado em favor do tucano.

Beto Mansur criticou a “incoerência” do PSDB e disse que a decisão era algo “chato para se fazer com um deputado com 10 mandatos”. “Acho que o PSDB dentro da Câmara está muito dividido e isso é muito ruim para o país. Essa decisão de tirar uma figura notória da Casa é uma incoerência muito grande”, comentou. E completou: “Ele vai fazer um relatório da cabeça dele”.

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