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PSB entrega propostas a Temer e diz que apoio não depende de cargos

O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, acompanhando dos líderes do partido na Câmara e do Senado, foi ao encontro do vice-presidente

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Marcelo Camargo/Agência Brasil
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1 de 1 temer_impren09122015_032-840×559 (1) - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O apoio do PSB a um eventual governo do vice-presidente Michel Temer não depende de cargos. A posição do partido foi apresentada hoje (3) a Temer em reunião na sede da Vice-Presidência, no anexo do Palácio do Planalto.

O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, acompanhando dos líderes do partido na Câmara e do Senado, entregaram a Temer um documento com dez compromissos que a legenda entende como necessárias em um eventual novo governo.

“Em conformidade com essa compreensão, o PSB não postulará junto ao governo qualquer posição ou vantagem para apoiá-lo. O que deve interessar ao partido e que se aplica ao conjunto da sociedade brasileira é a definição dos pontos da agenda comum a partir da qual se organizará o enfrentamento às crises”, diz trecho do documento entregue ao peemedebista.

Siqueira disse que não indicou nomes para o vice-presidente, mas que Temer considera importante a participação do PSB em seu possível governo. “A indicação de ministro é de competência e responsabilidade do presidente, não estamos aqui para opinar sobre a forma e as pessoas que ele vai escolher para seu ministério. Apenas estamos aqui para dizer que o presidencialismo de coalizão tem sido um fracasso A forma de fazer o chamado toma lá da cá.”

Intitulado Uma agenda para o Brasil, o documento sugere que o peso dos ajustes a serem feitos na economia não recaiam sobre os segmentos populares. O PSB também pede a manutenção das conquistas sociais que o Brasil alcançou no período democrático, defesa e promoção dos direitos humanos e a ratificação do Acordo do Clima de Paris, entre outros pontos.

O partido sugere ainda uma ampla reforma política, com a adoção da cláusula de barreira e debate sobre o parlamentarismo; um novo federalismo, com menor concentração de recursos na União; reforma tributária e ampliação e aprofundamento de práticas relacionadas à transparência.

“Esses pontos traduzem uma compreensão sobre os destinos que o Brasil deve tomar para atender às expectativas de sua população e têm sido ampla e publicamente incorporados às definições programáticas do PSB”, diz o documento.

Ciência e tecnologia
Mesmo antes de oficializar a equipe ministerial, Temer já tem que lidar com críticas a eventuais ministeriáveis. O PSB, que comandou o Ministério de Ciência e Tecnologia na gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, criticou a possível indicação do bispo licenciado da Igreja Universal Marcos Pereira para a pasta. Para Siqueira, ciência “requer separação” de religião.

“A área de ciência e tecnologia é absolutamente estratégica para o país. Não há possibilidade de o país avançar sem que se invista maciçamente em ciência e tecnologia e, sobretudo, para tornar nossa indústria mais competitiva no plano global. De modo que o novo ministro, seja quem for, deve estar atento a isso e deve não ter preconceitos. Ciência e religião não combinam e acredito que o novo ministro, seja quem for, não pode fazer isso porque a religião tem base no dogma e a ciência no resultado da pesquisa.”

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