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PSB aprova resolução que afasta sigla do apoio a Alckmin à Presidência

Sigla adiou decisão sobre lançamento de candidatura própria e colocou como possibilidade não fazer coligação formal no primeiro turno

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1 de 1 070218MM_alk001-840×560 - Foto: Michael Melo/Metrópoles

O PSB aprovou na noite desta sexta-feira (2/3) uma resolução em que praticamente fecha as portas para um apoio formal à candidatura à Presidência da República do governador de São Paulo (SP), Geraldo Alckmin (PSDB). Pelo texto aprovado em reunião do congresso nacional, se o partido optar por apoiar algum candidato de fora, terá de ser alguém alinhado programaticamente com o PSB.

O partido adiou a decisão sobre lançamento de candidatura própria e também colocou como possibilidade não fazer coligação formal no primeiro turno com nenhum candidato à Presidência, a fim de dedicar esforços na eleição de 10 governadores com potencial de vitória e na ampliação da bancada de deputados federais. O foco do PSB é se consolidar como um partido médio.

“Falamos em possibilidade de coligação com um candidato que tenha identidade programática”, afirmou o presidente do PSB, Carlos Siqueira, evitando citar o nome de Alckmin.

Principal defensor até então do apoio ao tucano, o vice-governador de São Paulo, Márcio França, demonstrou que já deu como perdida a possibilidade de adesão do PSB à candidatura de Alckmin, tanto que não defendeu o governador na reunião. Ao Estadão/Broadcast, França disse ser favorável que o partido não lance candidato próprio para priorizar os palanques regionais. “Não há chances de termos candidato agora”, pregou.

França, que vai disputar o governo de São Paulo, sinalizou que está mais preocupado com as negociações em torno do apoio à sua candidatura e já dá como certo Alckmin no palanque do prefeito de São Paulo, João Dória Júnior. “Não sou eu quem não vai dar palanque (para Alckmin), ele que estará no (palanque) do Dória”, declarou. O vice-governador de São Paulo admitiu conversas com o Podemos e a possibilidade de apoiar a candidatura presidencial do senador Álvaro Dias (PR) no Estado.

A restrição ao tucano se deve à pressão da base popular do partido, que quer a legenda de volta para o campo de esquerda. Dos 1.200 delegados no congresso da sigla, 690 são ligados aos segmentos sociais. “Chance de apoiar Alckmin é praticamente zero”, resumiu o deputado Bebeto Galvão (BA).

Entre as possibilidades de candidatura própria estão a do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa, que ainda não se filiou ao partido, do ex-vice da chapa presidencial de Marina Silva (Rede) em 2014, Beto Albuquerque (RS) e do ex-comunista Aldo Rebelo. Nos bastidores do partido, comenta-se que se opção for pela aliança com outro partido na eleição presidencial, há

chances de apoio a Ciro Gomes (PDT). O Podemos foi um dos que procurou o partido em busca de apoio.

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