Projeto complementar de terceirização entrará na pauta do Senado
A Câmara aprovou nesta quarta-feira (22), em caráter terminativo, outra proposta, que seguirá para sanção do presidente Michel Temer
atualizado
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O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), afirmou nesta quinta-feira (23/3) que pautará “de imediato” o projeto sobre a terceirização nas relações de trabalho, cujo relator é o senador Paulo Paim (PT-RS). A Câmara aprovou nesta quarta-feira (22), em caráter terminativo, outra proposta que permite a terceirização para todas as atividades da empresa. Como já havia sido apreciado pelo Senado, o texto seguirá para sanção presidencial (veja como votou cada deputado).
“É preciso que a gente atualize esse projeto que foi aprovado na Câmara”, defendeu Eunício. Durante coletiva de imprensa, o presidente reforçou diversas vezes que o Senado é a “Casa revisora”, portanto tem o direito de “fazer e revogar leis desatualizadas e adequá-las ao momento”.
Paim já havia afirmado que, caso o projeto da Câmara fosse aprovado, pediria para que Temer vetasse o texto, mas Eunício ponderou que esta seria uma iniciativa individual. “Uma coisa não tem nada a ver com a outra, os projetos podem ser complementares”, destacou Eunício. Segundo ele, o presidente Michel Temer fará uma “seleção do que vai aprovar ou vetar” entre as duas propostas.
Eunício se comprometeu a pautar o projeto de Paim “de imediato”, assim que chegar ao plenário da Casa. O relatório de Paim autoriza a terceirização, mas foram negociadas salvaguardas ainda no governo da ex-presidente Dilma Rousseff, como uma ‘quarentena’ entre a demissão de um funcionário no regime de CLT e a contratação dele como pessoa jurídica (PJ), recolhimento antecipado de parte dos encargos trabalhistas, com responsabilidade solidária da empresa contratante se estes não forem pagos, e a representação pelo sindicato da categoria.
Em fevereiro, Eunício havia feito um acordo com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) para acelerar a tramitação do projeto da terceirização. O objetivo inicial era priorizar a proposta da Câmara. De acordo com Eunício, ele e Maia têm uma “dinâmica” de colocar em votação tudo o que tiver sido aprovado na outra Casa Legislativa.