Programa de carro popular de Lula já usou 64% dos recursos disponíveis
Montadoras solicitaram R$ 320 milhões dos R$ 500 milhões disponíveis para descontos ao consumidor na compra do carro 0 km
atualizado
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O volume de recursos solicitados pelas montadoras para o programa do carro mais barato alcançou R$ 320 milhões no fim de semana e cresceu 88% em relação ao balanço divulgado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) na última sexta-feira (16/6).
Segundo dados divulgados pela pasta nesta segunda-feira (19/6), em menos de 15 dias, foram consumidos 64% do total de créditos tributários concedidos para a aplicação de descontos ao consumidor nessa modalidade do programa (R$ 500 milhões).
Se o ritmo for mantido nos próximos dias, o total de recursos disponíveis chegará ao fim já nesta semana.
O total autorizado até aqui, por montadora, é o seguinte:
- FCA Fiat Chrysler: R$ 130 milhões;
- Volkswagen: R$ 50 milhões;
- Peugeot Citroën: R$ 40 milhões;
- Renault: R$ 30 milhões;
- GM e Hyundai: R$ 20 milhões cada;
- Honda, Nissan e Toyota: R$ 10 milhões cada.
A relação de automóveis incluídos no programa não sofreu alteração: são 266 versões de 32 modelos. Os descontos patrocinados pelo governo vão de R$ 2 mil a R$ 8 mil e são válidos para veículos novos com preços de mercado até R$ 120 mil.
As condições que balizam o programa são: ambiental, social e de incentivo à indústria nacional.
As montadoras ainda podem aplicar descontos adicionais por conta própria. Segundo o governo, isso já vem acorrendo.
A iniciativa
O programa do governo Lula (PT) prevê desconto no preço final de carros, além de subsídios para a redução do valor de caminhões. O governo pretende gastar cerca de R$ 1,5 bilhão com o pacote: R$ 500 milhões para carros, R$ 700 milhões para caminhões e R$ 300 milhões para vans e ônibus.
No caso dos carros, o governo adotou a proposta de descontos escalonados a partir de um índice resultante do desempenho do veículo em três fatores:
- maior eficiência energética (nível de emissão de carbono);
- maior densidade industrial (capacidade de gerar emprego e crescimento no entorno); e
- menor preço (ampliação do acesso).
Carros com o valor de mercado de até R$ 120 mil terão desconto de até 11,6%. De acordo com o governo, o limite alcança cerca de 45% dos modelos disponíveis no país.
Os descontos vão de R$ 2 mil a R$ 8 mil para os carros novos. Montadoras e concessionárias poderão adotar outros descontos, se assim desejarem.
Outro ponto anunciado é que as vendas de carros com desconto serão exclusivas para pessoas físicas nos primeiros 15 dias, prazo que pode ser prorrogado por até 60 dias, a depender da resposta do mercado. Depois disso, as empresas também poderão se beneficiar do programa.