Procuradoria cobra de Bolsonaro “imparcialidade” na escolha da PGR
Entre os 22 signatários de nota pública, estão o ex-vice-procurador-geral Nicolao Dino; e Luiza Frischeisen, atual segunda colocada
atualizado
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Em nota pública, 22 subprocuradores-gerais da República cobraram do presidente Jair Bolsonaro “imparcialidade” na escolha para a Procuradoria-Geral da República (PGR).
Entre os signatários, estão inclusive a segunda colocada da lista tríplice da Associação Nacional dos Procuradores, Luiza Frischeisen. Também Nicolao Dino, que foi vice de Rodrigo Janot, e primeiro colocado de 2017, quando o então presidente Michel Temer (MDB) escolheu a segunda da lista, Raquel Dodge.
Os signatários afirmam que o “Ministério Público é o grande defensor dos interesses da sociedade brasileira, tendo, portanto, a obrigação de proteger o interesse público, conduzindo-se, sempre, em qualquer das esferas de atuação, com isenção, apartidarismo e profissionalismo na defesa do devido processo legal e dos direitos fundamentais”.
“Quem ocupa a função de Procurador(a)-Geral da República deve obedecer a esses mesmos princípios, ter uma carreira de envolvimento com os assuntos atuais do Ministério Público Federal, e sua indicação, pelo Presidente da República ao Senado Federal, deve ser regida por total imparcialidade”, dizem.
“Nesse sentido, espera-se que o Presidente da República atente para tais princípios constitucionalmente assegurados, em prol da sociedade brasileira”, concluem.
Quando recebeu a lista tríplice das mãos do presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República, Fábio George Cruz da Nóbrega, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que não iria se comprometer a seguir a indicação da entidade. Lideram a lista da ANPR Mário Bonsaglia, Luiza Frischeisen e Blal Dalloul.
Bolsonaro já recebeu procuradores de fora da lista, como Augusto Aras, e Paulo Gonet. Além deles, a atual mandatária Raquel Dodge corre por fora para a nomeação.