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Procurador-geral de Justiça nega quebra de sigilo de Flávio Bolsonaro

Eduardo Gussem afirmou que 27 deputados estaduais, entre eles o filho do presidente Jair Bolsonaro, são investigados na área cível

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Fernando Frazão/Agência Brasil
Foto colorida mostra Eduardo Gussem, ex-chefe do MPRJ - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida mostra Eduardo Gussem, ex-chefe do MPRJ - Metrópoles - Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O procurador-geral de Justiça do Rio, Eduardo Gussem, disse a jornalistas na tarde desta segunda-feira (21/1) que 27 deputados estaduais, entre eles Flávio Bolsonaro (PSL), são investigados na área cível. Todos foram citados no relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que identificou movimentações financeiras atípicas de servidores da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). São informações da Folha de S.Paulo.

“Existem investigações na área cível contra todos os deputados estaduais citados no relatório do Coaf”, afirmou. Ele também voltou a negar que o sigilo do senador eleito Flávio Bolsonaro tenha sido quebrado, como o filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL) vem sustentando.

Gussem foi enfático ao dizer que o Ministério Público e o Coaf agiram de acordo com a lei e defendeu que é preciso fortalecer os órgãos de controle no combate à corrupção. Em entrevista à Record TV no domingo (20), Flávio afirmou que está sendo perseguido e sugeriu que a tomada de depoimento pelo MPRJ, à qual faltou, poderia ser uma “arapuca”.

Ainda que os deputados estejam sendo investigados na esfera cível, Gussem voltou a negar que também sejam oficialmente alvos de apuração na área criminal. Ele disse que o órgão não incluiu o nome dos parlamentares no rol de investigados para evitar uma exposição inconsequente. “No primeiro momento não investigamos pessoas, investigamos fatos”, afirmou.

Questionado sobre os R$ 7 milhões que teriam sido movimentados em três anos por Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador eleito, o procurador-geral disse que essa informação não faz parte da documentação sob a alçada do Ministério Público.

Gussem também criticou a Alerj por o que considera uma “total falta de transparência”. Entre as críticas de Gussem, está a ausência de uma listagem dos servidores vinculados a cada gabinete.

Operação Furna da Onça
A partir de pedido do Ministério Público Federal (MPF), que investigava fatos que culminaram na Operação Furna da Onça, deflagrada em novembro do ano passado, o Coaf produziu relatório sobre a movimentação financeira nos gabinetes da Alerj.

O material foi encaminhado ao Ministério Público estadual em janeiro de 2018 e ficou sob análise no laboratório de combate à lavagem de dinheiro até maio do mesmo ano.

Em seguida, foi enviado para o Grupo de Atribuição Originária em Matéria Criminal (Gaocrim), grupo submetido ao procurador-geral de Justiça. Em julho, o órgão abriu as primeiras investigações criminais – entre elas, a de Queiroz.

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