1 de 1 Hamilton Mourao
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Primeiro membro do alto escalão do governo a se manifestar oficialmente sobre o ataque da Rússia à Ucrânia, o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) disse, na manhã desta quinta-feira (24/2), que “tem que haver uso da força e apoio à Ucrânia”. O presidente do país russo, Vladmir Putin, decidiu, nesta madrugada, invadir a Ucrânia.
“A história se repete, ora como farsa ora como tragédia. Nesse caso, ela está se repetindo como tragédia”, lamentou Mourão, parafraseando uma célebre frase do filósofo Karl Marx. “Tem que haver um uso da força, realmente um apoio à Ucrânia, mais do que está sendo colocado. Essa é a minha visão”, completou.
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Ataque com mísseis
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Tanques militares russos e veículos blindados avançam em Donetsk, Ucrânia
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Uma coluna de veículos blindados passa por um posto policial na cidade de Armyansk, norte da Crimeia. No início do dia 24 de fevereiro, o presidente Putin anunciou uma operação militar especial a ser conduzida pelas Forças Armadas russas em resposta aos pedidos de ajuda dos líderes das Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk
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Engarrafamento em Kiev: moradores tentam deixar a capital após o ataque
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BRUXELAS, ÉLGIUM - 24 DE FEVEREIRO: O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, faz uma declaração sobre a operação militar da Rússia na Ucrânia, na sede da OTAN em Bruxelas, Bélgica, em 24 de fevereiro de 2022
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Diante do ataque russo, cidadãos ucranianos deixaram as suas casas, localizadas em zonas de conflito, e recorreram aos trens
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24 de fevereiro de 2022, Renânia-Palatinado, Ramstein-Miesenbach: aviões da Força Aérea dos EUA estão na pista da Base Aérea de Ramstein. As tropas russas começaram seu ataque à Ucrânia
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Tanques das forças ucranianas se movem após a operação militar da Rússia
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Um oficial do Serviço de Proteção Russo em frente ao Kremlin, na Praça Vermelha, no dia 24 de fevereiro de 2022, em Moscou, Rússia. Tropas russas lançaram seu ataque antecipado na Ucrânia na quinta-feira
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CRIMEIA, RÚSSIA - 24 DE FEVEREIRO DE 2022: um veículo blindado atravessa a cidade de Armyansk, norte da Crimeia. No início de 24 de fevereiro, o presidente Putin anunciou uma operação militar especial a ser conduzida pelas Forças Armadas russas, em resposta aos pedidos de ajuda dos líderes das Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk
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Habitantes de Kiev deixaram a cidade após ataques de mísseis pré-ofensivos das forças armadas russas e da Bielorrússia
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Ao redor do mundo, várias pessoas se manifestam contra o ataque russo à Ucrânia. "Pare a guerra", escreveu mulher em cartaz durante manifestação em frente ao Portão de Brandemburgo, na Alemanha
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Embaixada da Ucrânia em Brasília
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Segurança local é reforçada na Embaixada da Ucrânia em Brasília
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Embaixada da Rússia em Brasília
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Encarregado de negócios da Embaixada da Ucrânia em Brasília, Anatoliy Tkach fala com a imprensa após ataque da Rússia
De acordo com o militar, o Brasil tem tomado posicionamento de respeito aos princípios básicos do direito internacional dentro da Organização das Nações Unidas (ONU), de não intervenção e de assegurar a soberania. “Mas, por enquanto, nós não temos nenhuma outra coisa a fazer além disso aí. Vamos ver o que vai emergir das reuniões do conselho de segurança da ONU, porque, senão, a ONU também perde sua razão de ser”, opinou Mourão.
Questionado se o Brasil abandonará a posição de neutralidade, Mourão respondeu: “Não sei. O Brasil não está neutro. O Brasil deixou muito claro que ele respeita a soberania da Ucrânia. Então, o Brasil não concorda com a invasão do território ucraniano. Isso é uma realidade”, disse.
Primeiro a se manifestar
Além da ausência de uma posição imediata do ministério das Relações Exteriores após a decisão de Vladmir Putin de atacar a Ucrânia, em sua primeira fala do dia, o presidente Jair Bolsonaro, também ignorou o conflito. Em vídeo de conversa com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada, ele preferiu tecer críticas à vizinha Argentina.
Bolsonaro esteve em Moscou na semana passada, onde se encontrou com Vladimir Putin e causou problemas diplomáticos ao Brasil depois de expressar solidariedade com a Rússia e dizer que Putin buscava a paz.
Em nota divulgada após a declaração do vice-presidente, o Itamaraty disse o que o Brasil acompanha “com grave preocupação” a deflagração das operações militares pela Rússia contra o país vizinho.