Previdência: Solidariedade pede a Bolsonaro alteração na idade mínima
Para o partido, o corte deve ter início a partir dos 62 anos para homens e 59 para mulheres
atualizado
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O presidente do partido Solidariedade, Paulinho da Força (SD- SP), apresentou nesta terça-feira (9/4), ao chefe do Executivo federal, Jair Bolsonaro (PSL), propostas de alteração no texto da reforma da Previdência. Entre elas, está a alteração da idade mínima, que passaria dos atuais 65 anos para homens e 62 para mulheres para 62 e 59, respectivamente. Além disso, o sindicalista pediu mudança no tempo de transição, que passaria a ser 30% mais longo para todos.
“Não é essa confusão que o Paulo Guedes inventou de 10 formas de transição”, disse o presidente do partido, ao explicar a proposta. Segundo o deputado, Bolsonaro disse que é uma questão que o Congresso Nacional tem que analisar, mas não colocou “nenhuma observação contrária”. A conversa ocorreu no Palácio do Planalto, com a presença do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e do líder do Solidariedade na Câmara, deputado Augusto Coutinho (SD- PE).
Paulinho contou ter sugerido alterações na proposta da previdência dos estados. Para ele, esse é um “assunto muito importante” e que deve ser tratado individualmente em cada situação. “Não dá pra um governador ficar falando mal da reforma e os deputados aqui em Brasília assumindo o ônus da reforma”, explicou.
O parlamentar comentou que o presidente achou a proposta “interessante”, mas que Onyx Lorenzoni se mostrou inseguro quanto à mudança. “Vou parar de negociar com você e negociar direto com o presidente, porque ele está melhor de negociação”, narrou Paulinho, ao citar sua resposta ao ministro.
Segundo o presidente da sigla, o partido deseja alterar, também, as propostas sobre BPC, trabalhadores rurais, a desconstitucionalização das medidas da Previdência e, principalmente, questões sindicais. “O governo quer quebrar a estrutura sindical e nós não concordamos com isso”, afirmou.
Paulinho da Força disse que pretende manter a proposta aos professores, do fundo de garantia e do Programa de Integração Social. Porém, ele é contrário à ideia da capitalização, devido ao afastamento dos sindicalistas no assunto.
Para Augusto Coutinho, o governo está “perdendo a batalha da comunicação com a questão da Previdência”. Segundo o líder do partido na Câmara, se a reforma fosse ser votada hoje, ela não seria aprovada.
“O texto precisa ser negociado, discutido e ouvido por todas as bases partidárias para que se faça um consenso para essa matéria avançar. É importante que o governo ajude para que se torne realidade”, confessou.