Previdência: Senado pode incluir estados e capitalização, diz Maia
Presidente da Câmara festejou aprovação da reforma na Casa. Na semana que vem, será instalada comissão especial da reforma para militares
atualizado
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O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ainda acredita que a capitalização e os estados e muncípios possam ser incluídos na reforma da Previdência. Aprovada em segundo turno na noite desta quarta-feira (07/08/2019), no plenário da Casa, a proposta de emenda à Constituição (PEC) 6/2019 segue agora para análise do Senado Federal. Maia também informou que, na semana que vem, será instalada a comissão especial que vai tratar da reforma dos militares.
“A proposta sai com uma ótima economia e com a certeza de que o Senado vai construir um bom texto sob a liderança do presidente Davi Alcolumbre, principalmente com os temas que a Câmara não teve espaço para tratar. A questão dos estados e municípios e da capitalização”, afirmou.
Se os temas forem incluídos no Senado por meio da PEC paralela, serão debatidos na Câmara posteriormente. Essa foi a maneira acordada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), com os governadores, para dar continuidade às discussões sobre a inclusão sem atrasar a tramitação da Previdência. Para Maia, a Casa estaria mais aberta ao diálogo, mas em relação aos estados seria necessário um entendimento com todos os partidos.
Já para a capitalização, o presidente da Câmara acredita que é possível construir um texto híbrido, que garanta uma renda mínima ao trabalhador. “Não vejo como uma questão impossível. Aqui não avançou porque não estava maduro qual seria o texto”, pontuou.
“Pai da reforma”
Conhecido informalmente entre os deputados como o “pai” da reforma da Previdência, Maia foi o principal articulador para a aprovação da PEC na Câmara. Para agradecer o “bom trabalho de coordenação” do deputado e sinalizar bandeira branca com o Parlamento, o ministro da Economia, Paulo Guedes, compareceu ao encerramento da sessão desta quarta, que garantiu a vitória do governo federal sob a oposição.
“Eu compreendi que o sistema estava falido há anos e fui trabalhando e aprendendo melhor sobre o tema. Me convenci, a cada dia, que a reforma da Previdência não seja o tema que vai fazer o Brasil crescer e gerar emprego, mas sem reorganizar as despesas previdenciárias, nenhuma outra reforma ou marco regulatório vai dar segurança para o setor privado investir”, finalizou.