metropoles.com

Previdência: regras para policiais e professores podem travar votação

Para garantir apoio de 308 dos 513 deputados no plenário da Câmara, articuladores do governo deverão negociar ajustes no texto atual

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Luis Macedo/Câmara dos Deputados
Câmara-dos-Deputados
1 de 1 Câmara-dos-Deputados - Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

O avanço da reforma da Previdência no plenário da Câmara dos Deputados depende da superação de pelo menos dois entraves: as divergências relacionadas às regras dos profissionais de segurança pública e educação e a liberação dos recursos prometidos aos estados. Parte da bancada da bala, ligada a corporações, ameaça votar contra a reforma caso a proposta não amenize as regras para policiais.

Conforme publicação do jornal Folha de S. Paulo, interlocutores do presidente Jair Bolsonaro admitem que, se não for construído um acordo com a área de segurança pública, a votação no plenário não deverá ocorrer antes do recesso parlamentar, que começa no próximo dia 17. A margem de votos não é tão grande para perder apoio da base aliada do chefe do Executivo, que continua a defender benesses para policiais federais e policiais rodoviários federais.

No texto atual, o colegiado manteve a idade mínima em 55 anos para essas carreiras, apesar dos apelos do presidente da República. “Olha… tem equívoco, mal-entendido, às vezes exageram com uma coisa ou outra, e, com a sensibilidade que existe no Parlamento, isso será corrigido. Não acabou a reforma da Previdência. Mais do que isso, depois da Câmara terá o Senado”, disse Bolsonaro na sexta (05/07/2019), sinalizando que almeja conciliação com uma parte importante de seu eleitorado.

Diante da resistência dos articuladores da reforma às demandas, representantes dos policiais passaram a discutir a formulação de uma emenda a ser votada no plenário.

Uma parte dos deputados também insistirá na tentativa de diminuir a idade mínima dos docentes. Eles defendem 50 anos para mulheres e 55 anos para homens – a proposta indica 57 para professoras e 60 para professores.

Articulação
O esforço da maioria da Câmara em concluir a votação da reforma entre quinta (04/07/2019) e sexta foi uma demonstração do apoio dos partidos à pauta e resultado da articulação do presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Agora, para garantir no plenário o apoio de 308 dos 513 deputados, ajustes deverão ser negociados.

Além disso, o governo terá de lidar com a pressão de parlamentares de centro por emendas e cargos. Os integrantes desse bloco têm insistido que precisam de contrapartidas para votar a favor da reforma. Segundo técnicos do Orçamento, o valor liberado, até o momento, não é suficiente para que deputados recebam os recursos prometidos pelo Planalto na negociação da PEC.

A cada um foi proposto o montante de R$ 20 milhões — metade na votação em 1º turno da PEC e metade na segunda etapa do plenário. O governo teria de despender, portanto, R$ 6 bilhões para agradar aos 308 parlamentares, se todos esses entrarem na negociação de emendas.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?