Previdência: MDB declara que não apoiará três pontos da reforma
Sigla é contra mudanças na aposentadoria rural e para professores como também no Benefício de Prestação Continuada (BPC)
atualizado
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O diretório do MDB divulgou, nesta quinta-feira (02/05/2019), que não apoiará três pontos da proposta de reforma da Previdência apresentada pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL). As mudanças nas regras de aposentadoria rural, do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e de professores.
A sigla decidiu, ainda, que vai “discutir e modular” alguns pontos, como a pensão por morte, as aposentadorias especiais, a restituição do abono salarial e a proposta de capitalização.
O posicionamento serve de orientação sobre como as bancadas do partido na Câmara dos Deputados e no Senado Federal devem se comportar durante a tramitação do projeto no Congresso. Essa definição foi costurada entre o presidente do MDB, Romero Jucá, e os líderes da sigla na Câmara, deputado Baleia Rossi (MDB-SP), e no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM).
Na próxima terça-feira (07/05/2019), a Comissão Especial da reforma da Previdência iniciará as discussões do mérito da proposta. Nessa fase, os deputados podem sugerir mudanças e fazer ressalvas sobre alguns pontos. Apesar de o colegiado já ter reunião ordinária marcada, a pauta ainda não foi definida.
Na semana passada, o PSB fechou questão contra a reforma da Previdência. O partido se juntou a outras legendas, como PT, PDT, PTdoB e PSol, que já haviam declarado oposição ao texto.
A favor da reforma de Bolsonaro estão duas siglas: Novo e PSL. Outros 13 partidos do Centrão – DEM, MDB, Patriota, Pros, PR, PRB, PTB, PP, PSDB, PPS, SD, PSD e Podemos – são favoráveis ao texto, com ressalvas.
A aposentadoria rural e a redução do Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a idosos e pessoas com deficiência carentes, são os pontos mais sensíveis e dividem congressistas.