Prévias: PSDB e Faurgs divergem sobre investigação de ataque hacker
O partido precisou cancelar a realização das prévias no último domingo devido ao não funcionamento do aplicativo de votação
atualizado
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Diante dos indícios de um ataque hacker que impediu a realização, por meio de um aplicativo, da votação nas prévias do PSDB, no último domingo (21/11), a legenda e a instituição contratada para o desenvolvimento da plataforma divergiram sobre a reponsabilidade de apuração do episódio.
Em nota, o PSDB jogou a reponsabilidade pela apuração para a Fundação de Apoio à Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Faurgs), desenvolvedora da ferramenta.
“Em relação à nota divulgada pela Fundação de Apoio à Universidade do Rio Grande do Sul (Faurgs), cresce o alerta de que o PSDB pode ter sido vítima de um ataque de hackers. Independente de providências a serem tomadas pelo partido, cabe especialmente à Fundação, como provedora da solução contratada (aplicativo, sistema de votação, infraestrutura e operação), realizar as devidas diligências para esclarecer o ocorrido”, destacou o partido no comunicado.
A Faurgs, por sua vez, havia se manifestado alertando que cabe ao partido a contratação de empresas especializadas nesse tipo de auditoria.
“A apuração das causas da anormalidade do sistema deve ser confirmada por iniciativa do cliente. Para isso, ela deve contar com empresas especializadas nesse tipo de auditoria e, principalmente, de forma independente da Faurgs”, disse a Fundação, também em nota.
Disputam as prévias os governadores João Doria (São Paulo) e Eduardo Leite (Rio Grande do Sul) e o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio. A votação por meio de um aplicativo teve início no último domingo, mas acabou interrompida por falhas no sistema.
A divergência entre o partido e a entidade ocorre em meio a cobrança do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre os motivos da suspensão das prévias e ainda sobre as causas do problema.